Uma das artistas mais influentes de Cuba, Tania Bruguera, foi detida para interrogações duas vezes ao longo da virada do ano. O motivo foi uma performance que realizou na praça de la Revolución, em Havana, em que o público era convidado a falar sobre o assunto que quisesse durante um minuto num pódio diante da plateia.

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Bruguera, conhecida por ações que questionam a autoridade da ditadura cubana, realizou essa performance há seis anos durante uma edição da Bienal de Havana. Não houve problemas com a polícia então. Desta vez, a artista aproveitou a reaproximação da ilha com o governo dos Estados Unidos para propor um debate público a respeito da nova realidade política cubana, mas acabou despertando a desconfiança do regime liderado por Raúl Castro.

Embora Bruguera, que vive entre Nova York e Havana, tenha sido solta, outros artistas que participaram da ação continuam detidos. Segundo disse a uma rádio de Miami, ela também foi advertida pelo regime a não participar da próxima Bienal de Havana, que começa em 22 de maio. "Isso serviu para desmascarar todo mundo", disse Bruguera. "Acreditava que Cuba já estivesse preparada para opiniões divergentes."

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