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O artista britânico David Hockney criticou a metodologia do compatriota Damien Hirst, que não produz pessoalmente muitas obras atribuídas a ele. Hockney, de 74 anos, disse que o cartaz exibido em sua próxima exposição na Academia Real de Londres dizendo "todas as obras aqui foram feitas pelo próprio artista, pessoalmente," visava em parte Hirst. "Eu costumava dizer na escola de arte, você pode ensinar o ofício, mas não a poesia," disse Hockney à rádio Times em uma entrevista publicada na terça-feira. "Mas agora eles tentam ensinar a poesia e não o ofício." Hockney citou um ditado chinês que diz que para pintar "é preciso o olho, a mão e o coração. Apenas dois não bastam." Hirst, um dos artistas mais bem sucedidos comercialmente de sua geração, é mais conhecido por animais suspensos em formaldeído e telas de pontos, que exibem fileiras de pontos coloridos. Ele emprega assistentes para produzirem as obras de pontos, e um artigo recente no New York Times disse que Hirst criou apenas cinco das estimadas 1.400 telas de pontos existentes. Uma porta-voz disse que Hirst estava fora do país e não estava disponível para dar declarações. Ainda neste mês, as 11 galerias Gagosian em todo o mundo exibirão as telas de pontos de Hirst, que podem arrecadar centenas de milhares de dólares em cada leilão.

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