A proposta de Descoisas, Pré-Coisas e, no Máximo, Coisas é trazer ao palco um material que, a princípio, não serviria para a poesia, mas, surpresa, serve sim. É calcada no "poeta das delicadezas", o mato-grossense Manoel de Barros.
Este foi o primeiro espetáculo de teatro-dança criado e dirigido por Cândida Monte, uma das couves do coletivo artístico Couve-Flor, em 2006. E ela traz de volta o trabalho na sexta-feira, no palco do Teuni. "Como essa é uma mostra de repertório, quis retomá-la", conta a diretora, que estudou artes cênicas na Faculdade de Artes do Paraná.
Ela desenvolveu a obra com os atores Luiz Bertazzo e Talita Dallmann ainda na faculdade, com base no trabalho do escritor, mas com texto próprio. Foi fruto de um ano de estudos em conjunto. "A partir da maneira como ele organiza seu pensamento é que chegamos ao conceito do espetáculo", conta Cândida.
A peça já esteve no Festival de Curitiba (2007) e rodou o país com o Prêmio Caravana da Fundação Nacional de Artes. A partir de setembro, levarão a peça para cinco capitais.
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