Serviço
Festival Internacional de São José do Rio Preto
De 4 a 14 de julho.
Veja a programação completa no site www.festivalriopreto.com.br.
Os londrinenses do grupo Ás de Paus não esperavam que sua primeira produção, A Pereira da Tia Miséria, fosse excursionar tanto. Depois de ganhar o troféu Gralha Azul de 2011, o espetáculo que relê um conto ibérico sobre a morte e a saudade já foi parar até no Acre. Agora, representa sozinho o Paraná no Festival Internacional de Teatro (FIT) de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. "Estamos nos aproximando da apresentação de número cem", comemora o ator Luan Valero.
A seleção de peças nacionais do evento paulista organizado pelo Sesc, que abre hoje com Romeu e Julieta, do Grupo Galpão, segue a "linha de valorizar tanto o indivíduo quanto a coletividade, de forma a refletir a sociedade", nas palavras do coordenador Sebastião Martins. A equipe de curadores é formada por Beth Lopes, Kil Abreu, Natália Nolli Sasso e Sérgio Luis Venitt de Oliveira. Serão 29 peças brasileiras (além do eixo Rio-São Paulo e da peça londrinense, constam na grade apenas grupos da Paraíba e de Minas Gerais).
"A curadoria tenta fazer um painel de todo o país, mas, às vezes, isso não é possível em função dos inscritos. Procuramos privilegiar grupos que se inscrevem, que aceitam passar pelo crivo da seleção, no lugar de convidá-los grupos", explica o coordenador Deodoro Moreira.
Por outro lado, nunca o FIT trouxe tantas atrações internacionais. São dez espetáculos. Grupos da Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Itália, Irã, Polônia e Sérvia vão se apresentar em Rio Preto.
Três montagens são da mesma companhia o Work center de Jerzy Grotowski e Thomas Richards, instalado em Pontedera (Toscana), cidade onde o mito polonês decidiu encerrar seus dias, escolhendo Richards como pupilo e um dos continuadores de sua obra.
"Dará a possibilidade de ver o trabalho com mais completude", promete Martins. As peças seguem uma pesquisa aprofundada baseada em Grotowski, que, por sua vez, investigou os princípios elaborados pelo "papa" russo Stanislawski. Com essa base, o grupo traz as peças The Living Room, que questiona se as artes cênicas podem romper os cordões de isolamento que se fortalecem a cada dia; Eletric Party Songs, baseada na poesia do artista beatnik Allen Ginsberg; e I Am America, sobre as consequências que surgem a partir do ato poético.
Com a preocupação de ampliar as apresentações de rua, o FIT leva para estacionamentos, parques e feiras trabalhos como o alemão Umziehen, de Natalie Fali, que fala sobre as migrações atuais, a coexistência fora da zona de conforto pessoal e o que significa hoje estar em casa.
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