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Cavalcanti participa da 2ª temporada de Sessão de Terapia, que estreia dia 7 de outubro no GNT | Jorge Bispo
Cavalcanti participa da 2ª temporada de Sessão de Terapia, que estreia dia 7 de outubro no GNT| Foto: Jorge Bispo

É difícil resumir as muitas atividades de Cláudio Cavalcanti. Ele foi ator, produtor teatral, diretor de tevê, dublador e até cantor. Mesmo tão atarefado, encontrava tempo para se dedicar a uma causa política que sempre lhe foi cara, a defesa dos direitos animais. Atualmente, ele ocupava a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais, na prefeitura do Rio de Janeiro.

Pela política, ficou dez anos afastado da carreira artística, para voltar só recentemente. Na próxima temporada da série Sessão de Terapia, no canal pago GNT, que estreia no próximo dia 7, dirigida por Selton Mello, Cláudio Cavalcanti interpreta Otávio de Carvalho Medeiros, um empresário com síndrome do pânico que aparecerá nos episódios de terça-feira.

O diretor do programa, Selton Mello, contou que a nova temporada de Sessão de Terapia será dedicada a Cavalcanti. "Era um grande ator, deixou um trabalho extraordinário. É uma lástima que ele não tenha visto esse trabalho pronto, era um recomeço para ele. Isso tudo foi muito súbito e muito surpreendente", disse Mello.

Início

O trabalho começou bem cedo, aos 16 anos, no Teatro Brasileiro de Comédia, em 1953. Lá, Cavalcanti trabalhou com nomes como Nathália Timberg, Sérgio Britto e Fernanda Montenegro. Com a mesma idade, também foi fazer teatro ao vivo na tevê. Nunca mais largou a carreira artística.

A popularidade surgiu com a novela Irmãos Coragem (1970-1971), onde interpretava Jerônimo Coragem, papel que lhe rendeu a fama como galã. Entre outros trabalhos clássicos na tevê, estão novelas como Roque Santeiro (1985-1986) e Explode Coração (1995-1996) – num total de quase 40 folhetins em que atuou. Sua primeira novela na TV Globo foi Anastácia, Mulher sem Destino, em 1967.

O cinema também estava no currículo de Cláudio Cavalcanti. Atuou em filmes como Quando as Mulheres Paqueram (1971), Memórias de um Gigolô (1970), Ipanema, Adeus (1975) e muitos outros, num total de 35.

Outra faceta de Cavalcanti era a literária. O artista publicou cinco livros, mesclando crônicas e exercícios poéticos, como O Vagido Consumido e Os Coelhos de Serragem.

O ator teve um momento da carreira como cantor. Ele gravou a canção "Menina", de Paulinho Nogueira, que fez sucesso na rádio durante os anos 1970.

Nos últimos anos, a defesa dos animais foi ganhando cada vez mais espaço na vida de Cláudio Cavalcanti, vegetariano militante. Foi eleito vereador pela primeira vez em 2000 e, depois, em 2004. O ator morreu domingo, 29, depois de um choque cardiogênico decorrente de complicações durante uma cirurgia na coluna. Ele estava internado desde o dia 16 no hospital Pró-Cardíaco. Carioca, era casado com Maria Lucia Frota Cavalcanti. O corpo de Cláudio Cavalcanti deve ser cremado hoje, às 13 horas, no Rio de Janeiro.

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