DJ Mateus B foi uma das atrações da tenda eletrônica na Praça 29 de Março| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Quando o duo Nomad Magush começou a discotecar na tenda eletrônica da Praça 29 de Março, neste sábado (7), pontualmente às 13h06, cerca de vinte pessoas estavam espalhadas pelo local.

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Bem no centro da praça, numa mureta verde, sete rapazes apoiavam e preparavam bebidas à base de uísque, vodka, suco e energético. Atrás, perto da entrada pela Rua Brigadeiro Franco, duas senhoras sentadas num banco conversavam; a academia ao ar livre ainda funcionava: uma mulher de cabelos longos e escuros fazia exercícios num aparelho. As barraquinhas instaladas no lugar, que vendiam crepes e hambúrgueres, pareciam ilhas despovoadas.

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Às 14h, com o DJ Fefo ainda se aprontando, um homem de calça vermelha e jaqueta bege dançava com duas crianças descompassadamente. Parecia começar a aquecer a “pista” – uma calçada de concreto extensa em frente à tenda. No gramado paralelo ao palco, uma mulher chega com dois cachorrinhos e atravessa a praça de uma ponta à outra. A criança, levantada pelos pés de uma moça de calça preta e camisa rosa clara, congela no ar e solta uma gargalhada. Ao meu lado, um menino de camiseta branca e cabelos compridos preparava com cuidado seu cigarro de maconha e mexia a cabeça pra frente e pra trás. O povo começava a chegar com bebidas à mão.

Claudinha Bukowski começou a tocar às 15h. E nesse horário cerca de 150 pessoas estavam no local. A pista já começava a encher. A música da DJ parecia animar muito mais as pessoas e alguns movimentos frenéticos já podiam ser notados. O cheiro de maconha já havia se alastrado por todos os pontos. Um grupo de jovens atrás de mim parecia tentar imitar a música: “CXCXCXCXCXCXCX”, faziam. O mercado em frente à Praça 29 de Março parecia um formigueiro.

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Umas trezentas pessoas se aglomeravam por volta das 16h. Claudinha Bukoswki terminou de discotecar e deu lugar ao DJ Mateus B. No gramado ao lado do palco, um homem de camiseta verde, e que aparentava estar perto dos 60 anos, perpassava uma bola pelos braços, em torno do pescoço e pelas mãos.

Às 16h30 perto de cem pessoas dançavam na pista em frente à tenda. Vinho Fontana e vodca com suco eram as bebidas preferidas dos visitantes, que pareciam seguir as recomendações do cobrador de ônibus que trabalha no tubo anexo a 29, Fernando Gonçalves: a de zelar pelo espaço público e aproveitar a festa sem confusão.

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