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Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Quem foi o autor

• Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière, nasceu em Paris, em 1622.

• Filho de um rico comerciante de tapetes, recebeu educação privilegiada, mas contrariou o pai, que queria que ele seguisse sua profissão, para abraçar o teatro.

• Em 1643, fundou a companhia L’Illustre-Théâtre, com outros nove atores, que faliu pouco tempo depois.

• Por volta de 1653, começou a escrever comédias, como O Marido Ciumento. Sob o patrocínio do irmão do rei, ele e sua trupe passaram a compartilhar um teatro com uma companhia italiana de commedia dell’arte.

• Em 1659, lançou-se como diretor com As Preciosas Ridículas.

• Em 1673, fazia o papel título de O Doente Imaginário quando teve um ataque em pleno palco. Levado para casa, morreu em seguida.

• Sua mulher teve que implorar ao rei que intercedesse junto ao arcebispo de Paris para que pudesse enterrar o artista, um direito a que os atores tinham de abdicar ao escolher a profissão.

Mulheres que se preocupam demais com as aparências sociais e querem ter o que hoje se costuma chamar de "15 minutos de fama". Alguma coincidência com o que se vê por aí? Pelo jeito, o comportamento vem de longa data, bem antes do lançamento das revistas de fofocas.

O dramaturgo Molière (1622-1673) provocou a ira da burguesia francesa, que se sentiu agredida ao se ver retratada de forma implacável na comédia As Preciosas Ridículas, a primeira direção do comediante francês. Mas, ele pouco se importou porque o público riu a valer.

A peça do autor de clássicos como O Avarento, Don Juan, O Tartufo e O Burguês Fidalgo foi remontada pelo diretor Cláudio Torres Gonzaga e chega a Curitiba para apresentações hoje, amanhã e domingo, no Teatro Fernanda Montenegro.

As preciosas em questão são duas moças burguesas, Catarina (Gláucia Rodrigues) e Madalena (Helena Ranaldi), que vivem imitando as freqüentadoras dos salões de Paris, de condição social superior a elas. Cansados de tanta pose, seus namorados decidem dar uma lição nelas. Vestem seus criados Mascarille (Marcos Oliveira, o Beiçola, de A Grande Família) e Jodelet (Marcio Ricciardi) como nobres, mandando-os cortejá-las.

A peça é a primeira comédia de Helena Ranaldi e o seu retorno aos palcos. "Meu último trabalho foi em 2000, com Moacyr Góes, em Bonitinha, Mas Ordinária, de Nelson Rodrigues. Já estava com saudades", diz a atriz.

Gláucia Rodrigues, que interpreta a outra senhorita afetada, já é veterana: interpretou cinco personagens de Molière. O diretor, Cláudio Torres Gonzaga, e Marcos Oliveira já são nomes ligados à comédia. O primeiro é roteirista do programa Zorra Total, da Rede Globo. Já o ator compara seu personagem da TV ao serviçal: "Beiçola tem um humor ingênuo, romântico. Mascarille é o protótipo da arrogância".

O diretor, que entre outras comédias, realizou A Comédia de Erros e oMercador de Veneza, de Shakespeare, desta vez optou por um tom mais farsesco do que o habitual para acentuar o fato dos atores interpretarem personagens que, por sua vez, interpretam outros personagens.

Serviço: As Preciosas Ridículas. Teatro Fernanda Montenegro (R. Coronel Dulcídio, 517 – Shopping Novo Batel), (41) 3224-4986. Com o Grupo Limite 151 Cia Artística. Dia 27 e 28, às 21 horas; e dia 29 às 19 horas. R$ 40 e R$ 20 (meia).

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