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Em carreira solo desde 2012, o cantor e compositor Humberto Gessinger volta a se apresentar na capital paranaense neste sábado, no Teatro Positivo. O músico gaúcho traz seu novo show, baseado em seu último disco, Insular, lançado em agosto do ano passado, acompanhado por Rodrigo Tavares (ex-Fresno, na guitarra) e Rafael Bisogno (bateria).
O show terá os mesmos moldes da apresentação que dará origem ao DVD ao vivo gravado em Belo Horizonte, com previsão de lançamento para o fim de setembro (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
"Estou de volta ao baixo, no trio, que é um formato em que me sinto muito à vontade", explica Gessinger, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. "O Insular foi um retorno a isso depois de dez anos que passei focado na sonoridade acústica", conta.
Insular também foi o primeiro álbum totalmente de inéditas de Gessinger em uma década. O músico havia lançado canções novas, mas sempre em meio a projetos de regravações. "Olhando em retrospectiva, foi bacana, porque Insular acabou sendo um disco cheio de cuidados. Foi bom para o amadurecimento do disco. Ele veio no tempo certo", diz o músico, para quem o trabalho é mais que apenas um apanhado de canções. "Há algo que costura o disco", diz.
Na hora de levar o trabalho novo para os palcos, Gessinger conta ter a mesma preocupação com a coesão. "Essa é uma das questões que mais me fascinam como transformar o material de estúdio em ao vivo de forma convincente", diz.
As canções novas são conectadas com músicas de todas as fases da carreira. "Insular" faz par com "Ando Só" (do disco Várias Variáveis, de 1991). "Sua Graça" se relaciona com "A Revolta dos Dândis".
"Gosto de trabalhar as canções como se fossem tijolos em uma construção", diz Gessinger.
Há quase um ano na estrada, as novas canções já estão tão "azeitadas" quanto as antigas, garante o músico. Mas, mesmo as velhas canções do Engenheiros do Hawaii continuam sendo novidade para uma parte de seu fiel público, que continua se renovando, conforme conta Gessinger.
"Quem não acompanha meu trabalho de perto e vai ao show se surpreende com a renovação. E dá uma sensação de intimidade legal ver um moleque chegando e contando que comprou ou baixou ontem A Revolta dos Dândis [1987] e aquilo fazer sentido para ele hoje. Não sei explicar porque acontece, mas me sinto grato", diz.
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