A Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD) deixou de contabilizar dados referentes à fabricação e venda de vinis alguns anos antes do fechamento da Poly Som. Mas para Paulo Rosa, presidente da entidade, os bons números do negócio nos EUA e o anúncio da reinclusão do Brasil no mercado não significam tanto.
"A meu ver, é muito mais uma peça de marketing no lançamento de novos trabalhos do que um ressurgimento do formato. Mas, se o vinil voltar a ser relevante em termos comerciais, certamente fará parte de nossas estatísticas de mercado", disse Rosa.
A dificuldade principal, destacada pela ABPD, é em relação a aparelhos que reproduzam vinis. "Receio que devido à falta atual de equipamentos de áudio para vinil, tanto de posse do mercado consumidor quanto para compra no comércio, é improvável que esse formato físico venha a representar fatia importante das vendas de música, hoje dominadas pelas mídias óticas (CDs e DVDs)", explicou.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com uma das maiores lojas do ramo de eletrônicos de Curitiba e encontrou três modelos de toca-discos disponíveis. Todos eles da multinacional Teac. O mais barato (R$ 1.099) é o modelo GF290, que reproduz LPs e CDs. O intermediário (R$ 1.999) é o GF680, que, além de tocar vinis, tem leitor de fitas K7, bandeja para três CDs e rádio. E há o top de linha, por R$ 2.599, que tem na gravação e conversão de mídias os diferenciais. Apesar do preço aparentemente salgado, a busca pelos aparelhos não cessa.
"A procura é constante. Parece que as pessoas viram que o LP está voltando", comentou o consultor de vendas Carlos Eduardo Silveira. O último aparelho vendido saiu da loja no dia 31 de janeiro.
E também a empresa percebeu que o negócio é quente. Além dos sete vinis disponíveis (de R$ 69,99 a R$ 350,99), mais 200 títulos em acetato chegarão até o final de fevereiro. (CC)
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