Feminino Plural é uma das seções especiais do 22ª Festival Internacional de Curtas de São Paulo, que ocorre até a próxima sexta. Como o nome bem o diz, esta edição homenageia o cinema feito por mulheres (e não necessariamente para mulheres). E na lista dos mais de 400 filmes de todo o mundo que recheiam esta edição, estão curtas feitos por jovens e veteranas diretoras. Já a musa símbolo deste cinema feminino que cada vez mais conquista seu espaço nas telas é uma atriz: Dira Paes que, como bem brincou a diretora do festival Zita Carvalhosa, é a "atriz fetiche" dos curtas-metragistas brasileiros. Dira já é veterana das telas, assim como tantas diretoras. Mas cada ano novas realizadoras apresentam seus primeiros filmes no Festival. É o caso de Caru Alves de Souza, diretora de "Assunto de Família" (atração de amanhã, às 19h, na Cinemateca).
Filha de Tata Amaral, Caru estreia na direção com um tema, por assim dizer, masculino. A descoberta da sexualidade (gay neste caso) por um garoto que vive com a família em um apartamento de classe média em São Paulo que, entre um pai e um irmão machistas e uma mãe sufocada pelo duro cotidiano, descobre de forma inesperada sua sexualidade. Caru, que finaliza seu segundo curta também trabalha no lançamento o filme "Hoje", de Tata, e se prepara para rodar "De Menor", seu primeiro longa-metragem, em novembro. Sucesso no 35º Frameline - Festival de São Francisco - dedicado à diversidade sexual, "Assunto de Família" aborda ainda o (agora na moda) bullying que o irmão mais novo sofre ao ter de "desempenhar tarefas" dadas pelo irmão mais velho.
Destaque para a forma como a cidade de São Paulo é não só cenário mas agente que molda as personalidades neste pequeno conto familiar. A arquitetura urbana é de fato cada vez personagem em filmes que revelam as entrelinhas da vida nas grandes cidades. Em "Assunto de Família", o Minhocão surge agregado à vida desta família paulistana.
E se as grandes estruturas que acabam com a paisagem bucólica são personagens de São Paulo, quem dirá de uma Itália que, em geral, surge romantizada no cinema. "Unfinished Italy" (hoje, às 15h, na Cinemateca, na seção Internacional 4) chega para provar o contrário. Delicado e agudo olhar sobre uma Itália contemporânea e, ao mesmo tempo arcaica, que luta para se inserir em um mundo em constante mutação, levou o prêmio de Melhor Documentário no Roma Independent Film Festival 2011. São também imperdíveis "A Queda", de Pablo Lobato (Melhor Direção de Curta Digital no Festival de Brasília 2010), amanhã, 21h, na Cinemateca; e a seção Fashion Curtas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Festival Internacional de Curtas - Informações e programação completa no site www.kinoforum.org.br/curtas/2011/
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