Você pode ainda não ter ouvido falar de Gustavo Falcão. Mas isso é apenas uma questão de pouquíssimo tempo. A partir desta sexta-feira, ele entra em grande circuito em "A máquina". E já se prepara para viver um seminarista na próxima novela das sete da Rede Globo, "Cobras e lagartos". No filme, é dele o papel de Antônio, o protagonista do longa dirigido por João Falcão e baseado no livro homônimo de Adriana Falcão, que deu origem à peça de teatro também homônima. Foi o espetáculo, aliás, que catapultou ao estrelato os atores Lázaro Ramos, Wagner Moura e Vladimir Brichta. Por ironia do destino ou não, Gustavo, o menos conhecido do quarteto hoje, foi o que ganhou o papel no cinema para viver o personagem que era dividido entre eles no palco.

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No filme, Antônio é um cabra apaixonado em toda sua magnitude e que promete à amada Karina (Mariana Ximenes) trazer o mundo para ela, que já não suporta mais sua cidade natal, Nordestina. Caso não consiga realizar o feito, o herói viajaria ao futuro sob pena de ser feito em pedaços por uma máquina mortífera.

- Na hora em que fui convidado desfrutei de uma alegria imediata, me senti honrado e nem pensei na responsabilidade de fazer um papel como esse. O Antônio não é apenas um personagem, mas um dos melhores do mundo. Ele tem uma complexidade fantástica, uma inteligência muito rara, além de traduzir tudo isso na questão nordestina de uma forma profunda. Ele junta tudo isso, através de ações puras, para viver o amor que ele quer - explica.

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O ator não chama João de tio. Pois é, João Falcão é irmão do pai de Gustavo, que faz questão de ressaltar que não começou a carreira ontem. Ele tem 29 anos, nasceu em Recife e admite nunca ter tido preferência alguma por causa do parentesco com Falcão. Pelo contrário. Já inserido na cena cultural nordestina desde os 18 e com uma penca de peças profissionais nas costas, ele foi chamado para trabalhar com o tio depois de ter passado por muitos palcos.

- O João me viu pela primeira vez na peça 'Para um amor no Recife'. Depois saímos para conversar e ele me disse de um projeto, que seria a peça 'A máquina'. Sempre acompanhei o trabalho dele e era natural que ele tivesse curiosidade em me ver. Mas não é por causa disso que ele sempre me coloca nos seus trabalhos, apenas nos quais ele acha que sou adequado. Agora fico feliz, entrei na lista dos que trabalham com ele - dispara o ator.