Dizem os moradores que Austin sempre quis ser a Hollywood do Texas e que a cada outubro seu festival de cinema, uma referência internacional para os roteiristas, sem renunciar aos nomes mais glamorosos, o Austin Film Festival, que chega a sua 20ª edição, celebra esse ingrediente fundamental de qualquer filme.

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"Ninguém estava fazendo nada pelos roteiristas e provavelmente ninguém estaria fazendo ainda... era um segmento que ninguém apostava", disse Barbara Morgan, fundadora e diretora-executiva do Austin Film Festival.

Depois que sete mil roteiros (e seus filmes) tenham passado por Austin nestas duas décadas, Morgan acredita que o texto é o ingrediente secreto de qualquer filme.

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"É de onde vem a ideia e o que provoca que o filme se aconteça", raciocina. "É incrível que não se conheça ninguém que escreveu a história, muitas vezes é o que acontece".

O festival acende os projetores nesta quinta-feira com uma comédia de humor negro que se infiltra nas grandes corporações americanas, "Coffee, Kill Boss" (sem título em português), na qual uma reunião de dez executivos para vender a companhia toma um caminho inesperado.

"Esta é uma cidade incrivelmente criativa, sempre há escritores, diretores e artistas aqui... e o festival só faz aumentá-lo", explicou a fundadora.

Grandes nomes viajam para Austin este ano com "Philomena", dirigida por Stephen Frears e interpretada por Judi Dench; com "Moms Mabley: I Got Somethin' to Tell You" (Moms Mabley: Tenho Algo para te Dizer, em tradução livre), um documentário de Whoopi Goldberg sobre uma humorista que lutou contra os tabus na comunidade afro-americana, e com "Child of God" (sem título em português), escrita e dirigida por James Franco.

E, especialmente, com o prêmio de melhor ator que entregam a cada edição: agora Susan Sarandon.

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Para a diretora-executiva do festival, Sarandon é "uma atriz que sempre elege filmes com uma grande narrativa e com seu trabalho faz com que os roteiristas façam melhor seu trabalho, que progridam".

Ao festival é atribuído ter colocado no mapa internacional aos roteiristas e brindar sempre algum filme revelação da temporada, como fez com "Quem Quer Ser um Milionário?" e "Cisne Negro".

No festival de Austin não há áreas vip, os roteiristas de Hollywood se misturam com talentos emergentes locais e o roteiro pretende ser o protagonista, como é desde a primeira edição.

Às vésperas da 20ª edição, a diretora-executiva confessa: "Quando criamos o festival, não éramos conscientes de quanta gente importante do cinema estaria aqui".