Um grupo que representa escritores da China acusa o Google de violar direitos autorais com a sua biblioteca digital, algo que o serviço de buscas nega, afirmando respeitar os tratados internacionais.
Muitos escritores e editoras já moveram ações contra o Google por digitalizar suas obras e supostamente violar direitos autorais. O Google já digitalizou 10 milhões de livros.
Num caso que tem ampla repercussão na imprensa local, a Sociedade dos Direitos Autorais de Obras Escritas da China acredita que o Google tenha scaneado milhares de livros, de mais de 500 autores chineses, para incluí-los na sua biblioteca digital, sem que obter permissão ou oferecer compensação, segundo Chen Qirong, porta-voz da entidade.
"Seja você uma pequena companhia ou uma grande companhia, é preciso respeitar os direitos dos autores", disse Chen.
O Google alega que recebeu autorização de mais de 50 editoras chinesas para digitalizar mais de 30 mil livros, que podem ser parcialmente acessados pela Internet. "Acreditamos que a busca de livros cumpra a lei internacional de copyright", disse Courtyney Hohne, assessora de imprensa do Google.
A biblioteca digital do Google é elogiada por alguns por facilitar o acesso aos livros, mas recebe críticas por questões de formação de cartéis, direitos autorais e privacidade.
O Google tem enfrentado inúmeros problemas na China, um mercado onde ainda está atrás do gigante local de buscas Baidu. Em junho, uma autoridade chinesa acusou o Google de difundir conteúdo obsceno, e na véspera disso vários serviços do Google, inclusive o mecanismo de buscas e o Gmail, ficaram inacessíveis a muitos usuários do país.
A pirataria de produtos intelectuais é disseminada no país, onde a mídia costuma sofrer censura na divulgação de conteúdos eróticos ou políticos, entre outros.
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