trilhas
Torrone tem escrito trilhas encomendadas para balés infantis, teatro e cinema. “Gosto de ser artista, mas não necessariamente de fazer performance”, diz.
Música minimalista? Sim. Muito. Vanguarda clássica? Também. Experimentalismo? Certamente. As três influências mais fortes ajudam a entender, mas não resumem totalmente as composições de Marcelo Torrone.
Mais conhecido pelo trabalho com a banda Wandula, o pianista lança neste sábado (23) seu primeiro álbum solo Som Tardio no auditório do Sesc Paço da Liberdade, às 17h.
O álbum mostra um amplo espectro do compositor: uma música visual e contemplativa, criada com harmonias complexas e cheia de silêncios e repetições. Para Torrone, o disco serve para mostrar sua verdadeira assinatura musical.
“O meu trabalho solo é mais delicado por conta da instrumentação mínima. Só piano e outras pequenas texturas. Cada nota é mais pensada, estudada. No Wandula, a música cresce com os vários temperos que a formam”, avalia.
O titulo do álbum gravado no estúdio Gramofone (com recursos do Mecenato Municipal) tem dois motivos. O primeiro é o fato de ter demorado a sair. Pianista desde os 6 anos e compositor desde 1993, Torrone brinca que o álbum chega “um pouco atrasado porque, na verdade, fui dando tudo para o Wandula e me deixei um pouco de lado”.
E também porque o conjunto de 15 faixas funciona, segundo seu autor, “melhor no final da tarde, no crepúsculo”.
Ainda mais se, como Torrone, você puder acompanhar o pôr do sol numa propriedade rural como a que o músico tem na Colônia Acioli, no “caminho do vinho” de São José dos Pinhais.
“Minha intenção era ter um trabalho que mostrasse a minha cara como produtor de trilhas, ao qual eu tenho me dedicado muito. É como um cartão de visitas, um autorretrato”, afirma o pianista.
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