Premiados

Confira os vencedores nas categorias de cinema

Filme (drama)

Avatar

Filme (musical ou comédia)

Se Beber, Não Case

Ator (drama)

Jeff Bridges, por Crazy Heart

Atriz (drama)

Sandra Bullock, por O Lado Cego

Ator (musical ou comédia)

Robert Downey Jr., por Sherlock Holmes

Atriz (musical ou comédia)

Meryl Streep, por Julie & Julia

Ator coadjuvante

Christoph Waltz, por Bastardos Inglórios

Atriz coadjuvante

Mo’Nique, por Preciosa

Diretor

James Cameron, por Avatar

Roteiro

Jason Reitman e Sheldon Turner, por Amor sem Escalas

Canção original

T-Bone Burnett, Ryan Bingham, "The Weary Kind", de Crazy Heart

Trilha sonora

Michael Giacchino, por Up – Altas Aventuras

Filme de animação

Up – Altas Aventuras

Filme estrangeiro

A Fita Branca (Alemanha)

CARREGANDO :)
...Sandra Bullock (atriz/drama)...
...Meryl Streep (atriz/comédia)...
...James Cameron (direção e filme)...
e o homenageado Martin Scorsese entre De Niro e DiCaprio
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O dinheiro, já diz uma canção do musical Cabaret, clássico de Bob Fosse, faz o mundo girar. Só essa lógica explica por que, na noite de anteontem, em Los Angeles, Avatar e Se Beber, Não Case venceram o Globo de Ouro, respectivamente, nas categorias de melhor drama e melhor comédia ou musical.

Essas premiações têm sua razão de ser, é bem verdade: o filme de James Cameron, também vencedor na categoria de melhor direção, já é o segundo longa-metragem de maior bilheteria da história e o de Todd Phillips tornou-se a comédia R-rated (proibida para menores de 17 anos desacompanhados nos EUA) que mais faturou em todos os tempos. Mas nenhuma das duas produções era, de fato, a melhor em suas categorias. Do ponto de vista técnico, Avatar é um grande espetáculo, mas ter vencido, por exemplo, uma obra do calibre do favorito dos críticos Guerra ao Terror, de Kathryn Bi­­ge­­low, é uma concessão perigosa às forças do mercado em um ano em que o cinema americano nunca fez tanto dinheiro.

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O grande perdedor da noite, além do musical Nine, longa de Rob Marshall indicado em cinco categorias mas espinafrado pela crítica e esnobado em todas, foi Amor sem Escalas, um ótimo filme (que es­­treia nesta sexta-feira no Brasil) e o grande favorito da festa. Dizia tudo que se passava por sua cabeça a expressão decepcionada do diretor Jason Reitman quando Avatar foi anunciado por Julia Roberts como o melhor filme dramático do ano. Ele, que também dirigiu a comédia Juno, teve de se consolar com o troféu de melhor roteiro. Achou pouco porque viu o Oscar ficar mais longe.

Nas categorias de interpretação, a única surpresa mesmo foi a escolha de Robert Downey Jr. como melhor ator (comédia/musical) pelo blockbuster Sherlock Holmes. O favorito era Michael Stuhlbarg, por Um Homem Sério, mas o star powerdo atual Homem de Ferro, um ótimo ator, falou mais alto. Já a vitória de Meryl Streep por Julie & Julia eram favas contadas.

Entre os desempenhos dramáticos, o veterano Jeff Bridges deu mais um passo em direção ao Oscar, vencendo o Globo de Ouro por Crazy Heart, no qual vive um cantor country decadente que tenta ressuscitar sua carreira. Sandra Bullock, a essa altura franca favorita ao Oscar de melhor atriz, ganhou como uma mãe de família que luta contra o racismo em O Lado Cego.

Não houve qualquer surpresa entre os coadjuvantes. A comediante negra Mo’Nique fez o me­­lhor discurso da noite ao receber seu troféu pelo drama Preciosa, no qual vive o papel da mãe cruel e amarga de uma jovem duas vezes engravidada pelo próprio pai. A atriz aproveitou a ocasião para fazer um manifesto contundente e muito aplaudido: "Para todas e todos que já foram tocados (sofreram assédio sexual), é hora de quebrar o silêncio".

O austríaco Christoph Waltz, genial como o oficial nazista Hans Landa de Bastardos Inglórios, confirmou seu favoritismo e foi escolhido o melhor ator coadjuvante do ano.

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Up – Altas Aventuras levou dois prêmios: melhor animação e melhor trilha sonora, para o belo trabalho do compositor Michael Giacchino. "The Weary Kind", do filme Crazy Heart, faturou o prêmio de melhor canção original.

O excepcional A Fita Branca, Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2009, deu ao alemão Michael Haneke um mais do que merecido Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.

Mas o melhor momento da noite foi mesmo a homenagem a Martin Scorsese, que recebeu das mãos dos atores Leonardo Di­­Caprio e Robert De Niro, protagonistas da maior parte de seus filmes, o troféu Cecil B. de Mille.

Televisão

O Globo de Ouro, que se diferencia das demais premiações por dividir o cinema em drama e musical ou comédia, também escolhe os me­­lhores da televisão. Na premiação de tevê, o seriado Dexter levou dois Globos de Ouro, um para o ator dramático, Michael C. Hall (que está se submetendo a tratamento de quimioterapia contra um câncer), e o outro para ator coadjuvante, John Lithgow, mas perdeu o prêmio de melhor série para Mad Men, de fato a melhor entre as indicadas.

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O telefilme Grey Gardens também levou dois prêmios, de melhor minissérie ou filme para tevê e melhor atriz, na mesma categoria, para Drew Barrymore. A série musical teen Glee surpreendeu e levou a estatueta em sua categoria.