Zacky Vengeance traz a vingança (em inglês) no sobrenome artístico, mas basta um minuto de conversa pelo telefone com o guitarrista do Avenged Sevenfold para sacar que ele só é vingativo quando se trata da tentativa de limar as "músicas sem ousadia" do mundo. "Sou uma pessoa melhor por causa da vingança", resume o músico em entrevista ao G1.
Após tocar no festival SWU no ano passado, o grupo faz quatro shows no Brasil - o primeiro neste sábado (2), no Rio de Janeiro - para manter o hard rock em alta, como na vez em que lideraram a parada de CDs mais vendidos nos EUA, em agosto passado.
"Podem falar que o rock está fraco, faço shows pelo mundo e ele parece vivo", atesta. "Fazemos nosso melhor para defender o estilo. Espero que surjam bandas com músicas agressivas, que não se importam com a m... que está nas paradas e nas rádios."
O reencontro com os fãs é apenas um dos motivos que fez o grupo retornar, após shows em 2008 e no ano passado. "As churrascarias são demais e as caipirinhas... Não tem como ir aí e não tomar várias", brinca. "Não imaginávamos que teria tanta gente no festival, foi realmente acima de qualquer expectativa. Sabíamos que estariam lá, mas não fazia ideia que seriam tantos", garante o músico.
Para se conectar ainda mais com seus admiradores, Zacky criou uma grife de roupas chamada Vengeance University. "Fiz isso só para me divertir e tentar novas coisas", justifica. "Eu gosto de ser criativo, gosto de interagir com os fãs na hora que crio as peças. Sou apaixonado por design, sempre desenhei os produtos do Avenged. É um hobby", resume.
Outro hobby bem mais perigoso já fez parte da rotina do guitarrista. Nas bandas anteriores ao Avenged Sevenfold, há rumores em páginas de fãs que dão conta de uma prática nada recomendada. "Antes de começarmos com o Avenged, realmente roubei alguns equipamentos na escola, principalmente microfones. Não tínhamos dinheiro... Podemos dizer que peguei emprestado e devolverei em breve", comenta, sem conter risos.
A conversa fica séria quando chega a hora de perguntar sobre a morte do baterista The Rev, vítima de uma overdose acidental em 2009. "Quando ele morreu, foi a coisa mais difícil que já aconteceu. Foi estranho continuar tocando, fazendo música sem ele", lembra.
Na última vinda ao Brasil, o titular das baquetas era Mike Portnoy (ex-Dream Theater). O posto agora está com Arin Ilejay, de 22 anos. "Ele é um dos melhores do mundo que eu já vi, é fenomenal e o estilo é incrível. Vê-lo tocar me faz lembrar do The Rev. Arin ainda vai melhorar como pessoa e músico. Ele agarrou a oportunidade, diz que é um sonho. O Jimmy [outro apelido do baterista morto] ficaria feliz com esse cara. Ele se diverte quando toca."
Banda já bateu Chris Brown e Rihanna
Antes de chegar ao topo da lista de CDs nos EUA, o grupo conquistou outro feito. Ganhou o MTV Music Awards na categoria Revelação, em 2006. Vengeance conta como foi bater Rihanna e Chris Brown, que concorriam e eram favoritos na categoria.
"Foi incrível. Não pensávemos que iríamos ganhar. Provamos para o mundo que definitivamente há uma chance para o hard rock e para o metal. Mostramos nossa força. Não queremos ser celebridades, só nos importamos com os fãs", garante.
Avenged Sevenfold no Brasil
Rio de Janeiro
Quando: 2 de abrilOnde: Citibank HallIngressos: R$ 250 (camarote e pista premium), R$ 200 (poltrona), R$ 140 (pista)
São Paulo
Quando: 3 de abrilOnde: Credicard HallIngressos: R$ 250 (pista premium, camarote setor 1), R$ 200 (camarote setor 2), R$ 120 (pista), R$ 90 (plateia superior 1), R$ 80 (plateia superior 2, plateia superior 3)
Curitiba
Quando: 6 de abrilOnde: Curitiba Master HallIngressos: R$ 204 (pista), R$ 104 (pista promocional com doação de 1 kg de alimento)
Porto Alegre
Quando: 7 de abril, às 21hOnde: Casa do GaúchoIngressos: R$ 80 (1º lote pista), R$ 90 (2º lote pista), R$ 100 (3º lote pista), R$ 160 (mezanino)
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