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A Sotheby's recuperou-se na quarta-feira de um pregão pouco lucrativo com arte impressionista para atingir o maior valor já registrado na casa em um leilão de arte contemporânea e do pós-guerra, ao vender uma escultura de Jeff Koons por um preço recorde e um quadro de Francis Bacon por 46 milhões de dólares.

A tela "Segunda Versão de um Estudo para Corrida de Touros No. 1", de Bacon, excedeu a estimativa de 35 milhões de dólares.

O trabalho foi adquirido por um negociante de arte dos EUA cuja identidade não foi revelada. A tela foi a obra mais cara vendida nas duas semanas de leilões pouco lucrativos realizados pela Sotheby's e pela Christie's - em pregões que venderam também obras impressionistas.

A peça de aço inoxidável "Coração Dependurado (Magenta/Ouro)", de Koon, ficou em 23,5 milhões dólares, superando o recorde anterior para obras do artista, atingido no dia anterior, com "Diamante (Azul)", vendido por 11,8 milhões de dólares.

As duas obras de Koons foram compradas pela Galeria Gagosian, uma das principais em arte contemporânea de Manhattan.

A peça de Koons vendida na quarta-feira, com 1.600 quilos, da série "Celebração", tornou-se a mais cara de um artista vivo já vendida em um leilão.

Anthony Grant, especialista sênior da Sotheby's para arte contemporânea, considerou o preço para a obra de Koons "o recorde mais importante das últimas duas semanas".

Um auto-retrato pintado por Bacon em 1969 alcançou o valor de 33 milhões de dólares, ou duas vezes mais que a estimativa prévia de 15 milhões de dólares.

Os concorridos leilões, os últimos de uma temporada de outono pouco animadora para as duas casas rivais, desmentiu as previsões de que o mercado de arte contemporânea estaria supervalorizado.

O leilão da Sotheby's com arte impressionista realizado na semana passada não despertou a mesma atenção.

Ao mesmo tempo em que os preços aumentaram astronomicamente nos últimos um ou dois anos, o volume total de vendas da Sotheby's, de 316 milhões de dólares, ultrapassou as previsões mais otimistas de 299 milhões de dólares para os 71 lotes ofertados. Apenas seis peças não encontraram comprador.

Tobias Meyer, chefe do setor de arte contemporânea da casa de leilões, disse que os resultados refletiam "a fome por alta qualidade que testemunhamos diante de uma comunidade totalmente globalizada".

O temor de que o dólar fraco intimidasse os compradores norte-americanos, tradicionais colecionadores de arte contemporânea, provou-se infundado. Os norte-americanos arrebataram a maior parte das obras.

De forma semelhante, a turbulência dos últimos meses nos mercados financeiros não surtiu grande efeito - houve lances altos em todos os níveis. No total, 13 artistas registraram recordes, e quatro outros atingiram a média do mercado para suas obras.

Os resultados mostram-se particularmente gratificantes para a Sotheby's, que, por diversas vezes, foi ofuscada pela rival Christie's no mercado de arte contemporânea e do pós-guerra.

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