Aston "Familyman" Barrett, o baixista da banda The Wailers, perdeu uma ação de 60 milhões de libras (US$ 113,6 milhões) envolvendo royalties contra a gravadora Island Records e a família de Bob Marley. "Familyman" Barrett, cujo apelido se deve ao fato de ele ser pai de 52 filhos, afirmou na justiça que ele e seu irmão Carlton "Carly" Barrett, baterista da banda de reggae que morreu assassinado em 1985, não receberam o dinheiro que lhes era devido após a morte de Marley, de câncer, em 1981.
Mas o juiz Kim Lewison considerou inválido seu pedido. O veredicto foi anunciado na segunda-feira na Corte Suprema de Londres e saudado pela viúva de Bob Marley, Rita. Em comunicado à imprensa, a família de Marley disse: "Sempre previmos que o resultado da ação seria este, e era difícil para nós ouvir Aston Barrett reduzir seu amigo Bob a alguém que se interessava mais em jogar futebol do que em fazer música".
Por causa do veredicto, Barrett pode ser obrigado a vender dois imóveis que possui na Jamaica para pagar as custas judiciais do processo. Os irmãos Barrett tocaram em vários álbuns de Bob Marley e The Wailers, incluindo "Natty dread", "Rastaman vibration" e "Babylon by bus". O juiz considerou inválida a afirmação de Aston Barrett de que ele e seu irmão teriam composto várias das canções da banda, incluindo "War" e "Them belly full".
Durante o julgamento, Rita Marley e o fundador da Island Records, Chris Blackwell, disseram que as contribuições feitas pelos dois irmãos não foram tão grandes quanto o afirmado e que Aston Barrett abriu mão do direito a mais royalties com um acordo assinado em 1994, pelo qual recebeu várias centenas de milhares de dólares.
A Island Records faz parte do Universal Music Group, a maior empresa de música do mundo, e é uma unidade do conglomerado francês Vivendi.