Giselle, dirigida por Alicia Alonso, exige técnica e dotes representativos da bailarina| Foto: Divulgação

Do alto de seus 88 anos, Alicia Alonso, estrela maior da dança clássica cubana, se vale da experiência de uma carreira longa como bailarina, encerrada há menos de uma década e meia, para coordenar os movimentos dos integrantes que renovam o Balé Nacional de Cuba.

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A memória de seus próprios gestos como a protagonista do balé Giselle, a quem incorporou pela primeira vez em 1943, asseguram-lhe o elevado grau de exigência do papel. Qualidades técnicas e de representação, capazes de expressar, no primeiro ato, o sofrimento da camponesa de saúde frágil que descobre ser seu amado não outro camponês, como ele dizia, mas um duque. E alcançar, no segundo momento, a leveza quase flutuante – e a loucura sutil – de uma personagem transformada em fantasma.

Diretora do corpo de baile cubano, sediado em Havana, Alicia estará presente em Curitiba, neste sábado (30), para acompanhar a performance de suas sucessoras à frente do romântico balé, criado sobre o libreto de Théophile Gautier e Jules-Henri Vernoy, que encerra turnê brasileira em uma única apresentação, às 21 horas, no Guairão.

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A produção emblemática, por ter marcado a ascensão de Alicia ao posto de prima ballerina, celebra os 60 anos de história da companhia, hoje composta de 46 jovens talentos formados pela escola do grupo.

O público verá a marca impressa pela artista veterana sobre a coreografia de Jules Perrot e Jean Coralli já no primeiro ato. Sai o pas-de-deux (dueto), em sua opinião pouco adequado à história, para dar vez a um baile de amigos, inspirado na tradição de coreógrafos antigos.