Banda curitibana de sopro e percussão se une a Carlos Malta no Paiol sexta e sábado

Uma banda com instrumentistas de sopro e percussão de Curitiba se uniu a Carlos Malta para criar o espetáculo Sopros, Tambores e Arlequins, que será apresentado hoje e amanhã às 20h30, no Teatro do Paiol.

Concebido como um show cênico, o espetáculo é dividido em uma parte dedicada a obras de compositores paranaenses como Waltel Branco e uma segunda metade de clássicos da música brasileira como "Até Amanhã" (Noel Rosa), "Arrastão" (Edu Lobo), "Lamento" (Pixinguinha) e "Baião de Lacan" (Guinga) gravados por Malta no disco "Tudo Coreto", de 2002.

IdeiaO álbum do renomado flautista e saxofonista carioca foi a principal inspiração para a criação do show, conforme conta a também flautista Marcela Zanette, que forma a banda ao lado de Daniel Miranda (clarinete e saxofones), Marcelo Oliveira (flauta, clarinete e direção musical), Sérgio Coelho (trombone), Audryn Souza (trompete), Bruno Brandalise (tuba), Carlos Ferraz e Alexandre Viana (percussão).

"Gosto muito do Carlos Malta. Comecei tocando pífano e tenho vários CDs dele, incluindo o Tudo Coreto", conta a musicista. "Esse ano o encontrei no Rio de Janeiro e contei a ele sobre a vontade de produzir algo neste sentido, só com instrumentos de sopro e percussão", conta.

EnredoO repertório é conduzido por um enredo simples, que conta a história de uma senhora que via as bandas passarem em frente à sua janela no carnaval e sonhava em fugir com elas. De acordo com a diretora artística do show, Mariana Zanette, este universo das antigas bandas de sopro e percussão que tocavam nos coretos durante a festa foi a principal inspiração para a parte cênica. "Fizemos uma commedia dell'arte, com Arlequim e Colombina", explica.

Para Malta, embora a formação da banda remeta à música do passado, não se trata de um repertório saudosista. "Estamos tocando um repertório atual. É uma música contemporânea com essa sonoridade de sopros e percussão", diz o músico, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. "Mas é muito bom apresentar isso dentro de um espetáculo, com cenário, figurino, um enredo. É interessante fazer esse tipo de interface do teatro com a música instrumental. Acho que tem tudo a ver", diz o músico, que conta ter reescrito alguns arranjos para a formação curitibana, menor que o grupo reunido para a gravação do disco, mantendo o espírito de banda de coreto.

Para o diretor musical do espetáculo, Marcelo Oliveira, o espetáculo é especialmente divertido para os músicos. "Todos têm uma história com banda. Hoje tocamos em orquestras, grupos de jazz. Mas o som da banda é uma coisa mágica na vida de qualquer músico", conta.

Serviço

Sopros, Tambores e ArlequinsTeatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Dias 17 e 18, às 20h30. R$ 25 e R$ 12,50 (meia entrada).