Na primeira metade dos anos 2000, aconteceu um movimento importante da cena do rock em Curitiba. Uma leva de ótimas bandas com influencias diretas do rock inglês dos anos 1960 como Kinks, Stones, Who , da psicodelia e da jovem guarda brasileira emergiu na cidade. Com visual montado em brechós, bandas como Dissonantes, Mordida, Criaturas e Tarja Preta compunham esta cena que se enraizava no bairro São Francisco, na região da Rua Trajano Reis – do recém-inaugurado O Torto ao Empório São Francisco, passando por casas como o Kitinete, Birinaites (depois Wonka) e o Motorrad.
Estas bandas eram certamente inspiradas pela volta por cima da Relespública – que tinha se tornado novamente um trio após se desligar da gravadora Universal em 2001 e era a banda “residente” no Empório São Francisco às quartas-feiras – e pelo sucesso de bandas gaúchas de rock retrô como Cachorro Grande e Bidê ou Balde. Dá pra dizer que eram os “new mods” dos pinheirais.
Faichecleres volta por apenas uma noite
Banda faz um show com a formação original pela primeira vez em oito anos no sábado (4), em comemoração aos dez anos do primeiro álbum
Leia a matéria completaDe todas as bandas a mais barulhenta, anárquica e provocadora eram os Faichecleres. Um power trio composto por Giovanni Caruso (baixo), Tuba Caruso (bateria) e Marcos Gonzatto (guitarra).
Rockão sessentista com letras cafajestes, de uma perspectiva sexista pré-histórica para os padrões atuais. A atitude era confiante, quase arrogante, e porra louca. As performance ao vivo eram “orgasmáticas” como definiu uma vez o site O Bule, principal site cultural da época. Era também uma banda de encrenqueiros natos e o séquito que a acompanhava não ajudava muito e, assim, muitos shows terminavam em confusão.
Em torno dos Faichecleres logo se criou um movimento de pessoas que, de certa forma, ajudou a influenciar o comportamento daquela geração no que diz respeito a sexo e drogas por exemplo. Havia um clima, ainda que machista, de permissividade sexual comum para a cidade de Curitiba até aquele tempo. Além de tudo isso, os três músicos eram bastante talentosos e artisticamente pretensiosos.O álbum “Indecente, Imoral & Sem Vergonha” fez a banda ser falada em todo o país e parecia que era o inicio da ascensão dos Faichecleres, porém desavenças entre os integrantes acabaram com a banda logo em seguida.
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