O artista britânico Banksy, que atualmente espalha seus trabalhos pelas paredes de Nova York, resolveu agora atacar o novo World Trade Center, prédio que está sendo construído no lugar do antigo. Ele aproveitou para também tirar sarro do jornal "The New York Times", que se recusou a publicar um texto com sua opinião sobre o assunto.
De acordo com Banksy, o novo World Trade Center é "um desastre. Não, desastres são interessantes".
Em seu site oficial, o artista mostrou uma imagem de seu novo "presente" a Nova York (uma parede com a mensagem "esse local contém mensagens bloqueadas") e um artigo fictício no "The New York Times", no qual argumenta que "a maior monstruosidade em Nova York não é o grafite, mas a construção no Marco Zero".
No texto, ele explica que pediu ao "Times" que publicasse sua visão na página de opinião, mas que, já que eles o recusaram, resolveu mostrá-la na internet.
"O One World Trade Center pode ser visto como uma traição a todos que morreram em 11 de setembro, porque proclama claramente que os terroristas venceram", dispara Banksy.
"É um não evento. É chato. Parece algo que construiriam no Canadá", escreve, de maneira provocativa. "O One World Trade Center declara que os dias de glória de Nova York se foram."
Para o artista, é importante mostrar alguma reação às adversidades e "104 andares de concessão" não é algo que satisfaz essa meta.
"Vocês atualmente estão construindo um prédio que diz 'Nova York - nós perdemos nossa ousadia.'"
A manifestação de Banksy é mais uma polêmica envolvendo as reconstruções das Torres Gêmeas do World Trade Center, arrasadas nos ataques terroristas perpetrados pela organização radical islâmica Al Qaeda em 11 de setembro de 2001.
Segundo informa o diário britânico "The Guardian", a porta-voz do "New York Times" Eileen Murphy afirmou que o artigo que Banksy divulgou na internet é diferente do que ele havia enviado ao jornal para publicação.
Sobre a comparação do Marco Zero com o grafite, Banksy pode estar tentando responder ao prefeito nova-iorquino, Michael Bloomberg, que disse que grafiteiros não se encaixavam na sua definição de arte.
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