
Se não fosse a escatologia e algumas piadas fáceis, O Ditador seria um ótimo filme. A sátira de Sacha Baron Cohen, depois de Borat (2006) e Brüno (2009), se volta agora para a geopolítica. Ele encarna um ditador do Norte da África a fictícia Wadiya às voltas com a produção de armas atômicas para "fins pacíficos". A semelhança com o Irã de Ahmadinejad se deve à metralhadora satírica do comediante, que não poupa ninguém.
Os melhores momentos do filme (mais informações na página 5) acontecem quando o supremo líder, Haffaz Aladeen, viaja a Nova York para convencer a ONU de que não tem intenções malévolas contra Israel, e lá, após ser traído e se perder pela cidade, forma um par romântico com Zoey (Anna Faris), feminista dona de uma loja de produtos orgânicos que só emprega refugiados políticos e não se depila.
O casal improvável acaba aprendendo um com o outro até chegar a um equilíbrio, em que nem Aladeen nem Wadiya representem tanta ameaça ao mundo.
Em meio ao circo montado por Baron Cohen, sobra esculhambação para todo tipo de gente. Inclusive para os criadores de Hollywood com seus filmes de ação que seguem um roteiro pré-moldado. O judeu inglês, que também escreveu o roteiro do longa, segue a fórmula à risca felizmente, acrescenta uma meia dúzia de piadas pertinentes que questionam não apenas os regimes ditatoriais, mas também as falhas da própria democracia. GG1/2
Classificações: GGGGG Excelente. GGGG Muito bom. GGG Bom. GG Regular. G Fraco. 1/2 Intermediário. N/A Não avaliado.
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Deixe sua opinião