A Beija-Flor impressionou pelas surpresas e pelos carros luxuosos| Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Violência

Tiroteio mata jovem perto da Sapucaí

Um tiroteio no morro do São Carlos, a menos de um quilômetro da Marquês de Sapucaí, deixou um morto, quatro feridos e levou preocupação ao Sambódromo na madrugada de ontem. O morro do São Carlos tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) há quase um ano. Por volta das 3h30 de ontem, policiais que patrulhavam a favela receberam denúncia de que Marcílio Cheru de Oliveira, 24, um dos chefes do tráfico de drogas no morro, participava de uma festa. Eles foram ao local e conseguiram prender o traficante. Em seguida, diz a PM, criminosos se aproximaram em duas motos e começaram a atirar. Cheru foi baleado na coxa direita e levado para o hospital Souza Aguiar. Outras quatro pessoas foram atingidas. Uma delas, um adolescente de 14 anos, morreu após ser levado para o hospital da PM.

Folhapress

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Beija-Flor e Vila Isabel mostraram, na primeira noite de desfiles do remodelado Sambódromo do Rio de Janeiro, que estão numa categoria à parte: à frente da maioria. Levaram à Sapucaí carros luxuosos, fantasias cuidadosamente desenhadas, bons sambas e, principalmente, a capacidade de surpreender. E as surpresas vieram, curiosamente, em momentos opostos de seus desfiles.

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Penúltima escola a entrar na avenida, campeã de seis dos dez últimos carnavais, a Beija-Flor falou sobre o Maranhão e guardou seu grande momento para o final. O último carro alegórico fazia referência ao enredo "Ra­­tos e urubus", com seus integrantes-mendigos. Em 89, a Beija-Flor foi impedida de levar para o sambódromo a imagem de um Cristo mendigo dentro do enredo "Ratos e urubus, lar­­guem minha fantasia". João­­sinho, então, envolveu a estátua em plástico preto, com uma faixa onde se lia "Mesmo proibido, olhai por nós". A novidade em relação ao carro de 23 anos atrás foi um enorme busto de Joãosinho Trinta, morto em 2011. O público na Sapucaí respondeu à surpresa com outra: em vez do tradicional "é campeã!", entoou "Joãosinho, Joãosinho!".

Apostas

A Vila Isabel, que fechou a noite com um enredo sobre Angola, apostou em surpreender logo de cara. A comissão de frente foi das melhores dos últimos tempos, com um carro simulando uma savana e os integrantes entrando e saindo da mata.

Embora sem a mesma imponência das rivais, a Portela também fez um bom desfile, com homenagem a Clara Nunes.

A Imperatriz Leopoldinense foi a terceira se apresentar, com um enredo sobre Jorge Amado. Um dos destaques da escola foi a rainha da bateria, Luiza Bru­­net, que está há 17 anos à frente dos ritmistas.

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Depois foi a vez da Mocidade Independente desfilar, com um enredo sobre o pintor Cândido Portinari. O carro abre-alas foi um dos destaques. Ele trazia uma escultura de Portinari à frente, com um monte de estrelas feitas de espelhos atrás, lembrando o símbolo da escola. O efeito brilhante era ainda iluminado por luzes coloridas.

A Porto da Pedra entrou na avenida com um enredo sobre a invenção do iogurte. Ela mostrou desde a transformação do leite, na comissão de frente, até apresentar o inventor da bebida – representado pelo ator Mar­­celo Serrado.