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"Bichado" tem ótimo cenário e trilha sonora, mas peca no ritmo e atuações. | Gilherme Griebler
"Bichado" tem ótimo cenário e trilha sonora, mas peca no ritmo e atuações.| Foto: Gilherme Griebler

Há várias formas de se interpretar "Bichado", espetáculo da companhia paulista Núcleo Experimental, que se apresentou no Festival de Curitiba na noite de terça-feira (1º), no Teatro Sesc da Esquina. Os relacionamentos "contaminados", a autodestruição e as teorias da conspiração são algumas das leituras possíveis.

Essas relações vão aparecendo aos poucos na peça, e o começo tragicômico, parece bastante promissor. O problema é que a peça se alonga demais, e alguns elementos (que é a montagem do diretor Zé Henrique de Paula para um texto de 1996 de Tracy Letts) sobram.

Na história, uma mulher separada (Agnes), que perde o filho e sofre com o ex-marido violento, se envolve com um desertor da Guerra do Golfo. Ele acredita ter sido alvo de um experiências e crê piamente que está infestado por insetos, enxertados em sua pele. A paranoia também passa para Agnes, e os dois se unem tanto pelo afeto quanto pela conspiração.

Os temas abordados são bons, mas as atuações são regulares, o que faz com que o espectador se disperse um pouco. As atrizes também cantam em alguns momentos da peça, dispensável, considerando a preparação vocal.

Pontos altosA ótima trilha sonora (que inclui Siouxsie & the Banshees e Amy Winehouse), os jogos de luz no palco e por todo o teatro são alguns dos elementos de "Bichado" que encantam.

O quarto de motel decadente, cenário da peça, é excelente, tanto que foi indicado ao Prêmio Shell 2012. Porém, infelizmente, os aspectos positivos não anulam as falhas do espetáculo.

Ainda há ingressos disponíveis para a apresentação dessa quarta-feira (2), que acontece às 21 horas no Sesc da Esquina (R. Visconde do Rio Branco, 969);

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