O artista nigeriano George Osodi exibe uma série de 150 fotos em vídeo que retratam trabalhadores de uma mina ilegal de ouro em Gana| Foto: Fotos: Divulgação

Confirmados

Confira alguns nomes de artistas já confirmados na 6ª Bienal VentoSul, além dos já citados na matéria.

Neville D’ Almeida (Brasil)

John Bock (Alemanha)

Darren Almond (Inglaterra)

Boris Mikhailov (Ucrânia)

Danica Dakic (Bósnia)

Gutiérrez + Portefaix (Hong Kong)

Adonis Flores (Cuba)

Ricardo Lanzarini (Uruguai)

Liliana Porter (Argentina)

George Osodi (Nigéria)

Mark Lewis (Canadá)

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Nos próximos dias, os ventos do sul começam a soprar em Curitiba trazendo as primeiras ações que antecedem a 6.ª VentoSul – Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba, que se realiza de 17 de setembro a 20 de novembro, em diversos espaços da cidade. O Museu Oscar Niemeyer participa pela primeira vez do evento, abrigando mostras e sediando a noite de inauguração, fechada para convidados, no dia 16 de setembro.

Sob curadoria geral dos críticos de arte Alfons Hug (Alemanha) e Tício Escobar (Paraguai), a Bienal traz este ano mais de 70 artistas de 37 países dos cinco continentes, que apresentam as mais diversas linguagens artísticas – da pintura à videoinstalação. Se esta última foi uma das modalidades que prevaleceram na edição anterior, a primeira ocupará um dos lugares de destaque de uma Bienal "Além da Crise", conceito curatorial que a orienta. "Apesar de toda a força do vídeo, existe uma geração demonstrando que a pintura não morreu, ao contrário, surge muito forte e renovada", afirma Luiz Ernesto Meyer Pereira, diretor geral da Bienal VentoSul, realizada pelo Instituto Paranaense de Arte.

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E para comprovar que a pintura vem enfrentando sua suposta crise com vitalidade, nada melhor do que contrapor as pinceladas contemporâneas às de um mestre paranaense do início do século 20, o norueguês radicado em Curitiba Alfredo Andersen (1860-1935). Além de uma seleção de obras de Andersen e do artista da chamada "geração 80" Raul Cruz (1957-1993), também participam da VentoSul oito curitibanos selecionados por três curadores locais, os críticos Artur Freitas e Simone Landal e a artista Eliane Prolik. São eles: André Rigatti, C.L. Salvaro, Fábio Noronha, Felipe Scandelari, Fernando Burjato, Fernando Rosenbaum, Lívia Piantavini e Rimon Guimarães.

Rosenbaum, que vai instalar uma grande bolha no Parque Barigüi, é um dos artistas que exibem seus trabalhos em "praça pública", ou seja, nos mais diversos espaços abertos da cidade, da Rua XV de Novembro ao Terminal Campina do Siqueira. Mas, também serão ocupados museus, galerias, universidades e outros espaços culturais, não só com exposições, mas com palestras, mostras de filmes, oficinas e seminários.

É aí que entra o trabalho que se inicia nos próximos dias encabeçado pelas professoras de arte Denise Bandeira e Sônia Tramujas. Dentre outras ações educativas, que incluem a formação de professores e a publicação de materiais pedagógicos, elas realizam a capacitação de mediadores para orientar o público que visitar a Bienal de forma individual ou em grupos. "Haverá visitas gratuitas aos espaços da Bienal de bicicleta ou em família, em vans e ônibus, sempre com a companhia de um crítico de arte", conta Luiz Ernesto. A Bienal também começa a recrutar voluntários para fazer parte das equipes de apoio. Interessados, devem visitar o site www.bienaldecuritiba.com.br

A rua como tema

A Rua XV, a primeira rua exclusiva para pedestres do país, criada em 1971, foi eleita por dois artistas estrangeiros como tema de suas instalações. O japonês Tatzu Nishi visitou a cidade para conferir de perto o mobiliário urbano da avenida de petit-pavé e planejou uma galeria de arte, instalada ali, cujas obras serão as floreiras, sinais de trânsito e luminárias que tornaram a cidade mundialmente conhecida. "A ideia é fazer com que o público lance um outro olhar sobre esses objetos que vê todos os dias", diz o diretor da Bienal.

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Já o alemão Adrien Lohmüller preferiu levar a Rua XV para dentro do Museu Oscar Niemeyer. "Em seus passeios pela rua, ele percebeu que o pavimento era decorado com símbolos da cidade, como o pinhão, por inspiração do escultor paranista João Turin", conta Luiz Ernesto. Decidiu, então, discutir o valor destes elementos da paisagem urbana curitibana por meio da reprodução de um trecho do calçadão que, em vez de bancos, terá almofadões nos quais o público poderá descansar e refletir sobre o que vê.

Outra das inúmeras novidades trazidas pela VentoSul é a presença de 60 representantes da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), que participam, entre os dias 21 e 22 de outubro, de um seminário aberto ao público em geral sobre arte contemporânea. "É uma das formas de dar visibilidade internacional a Curitiba e ao evento", diz Luiz Ernesto, que ainda levará atividades relacionadas à Bienal a Brasília, Fortaleza, Macapá, Belo Horizonte, Londrina, Cascavel e Florianópolis.

Serviço: 6.ª VentoSul – Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba. De 17 de setembro a 20 de novembro. Mais informações, no site www.bienaldecuritiba.com.br