O Brasil tem 16 milhões de analfabetos, 30 milhões de analfabetos funcionais aqueles com menos de quatro anos de estudo e um dos maiores eventos literários da América Latina. A 19.ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo começa hoje e segue até o dia 19. Pela primeira vez, ela será realizada no Pavilhão de Exposições do Anhembi com a promessa de mais espaço para as aguardadas 800 mil pessoas que devem visitar o evento.
Os números são retumbantes: mais de 300 horas de programação, 3 mil lançamentos, 210 mil títulos expostos, 1,5 milhão de livros à venda, 320 expositores de 900 selos editoriais. Mais de cem escritores convidados. Entre os destaques, estão Lawrence Block (Um Baile no Matadouro), Rosa Montero (História do Rei Transparente, a ser lançado pela Ediouro durante o evento) e Sidney Pike (ex-presidente da CNN Internacional e autor de Nós Mudamos o Mundo, pela Manole, também com lançamento previsto na Bienal). Além de autores de alguns dos best sellers de auto-ajuda mais badalados do último ano: Augusto Cury (Nunca Desista de Seus Sonhos) e Mark Baker (Jesus, o Maior Psicólogo que Já Existiu).
Em meio aos lançamentos programados, estão A Invenção de Morel, de Adolfo Bioy Casares, e Marca dÁgua, de Joseph Brodsky, ambos pela CosacNaify. Casares dá início à coleção Prosa de Observatório, reunindo autores hispano-americanos relacionados a literatura, pintura, música, cinema entre outras artes. Já Brodsky registrou impressões de suas viagens à Veneza, realizadas sempre em janeiro, por mais de 20 anos. Esses textos deram origem a Marca dÁgua.
A Rocco anunciou o lançamento de Uma Longa Queda, de Nick Hornby, autor pop de livros que, invariavelmente, renderam bons filmes: Alta Fidelidade, Febre de Bola e Um Grande Garoto. Em seu novo romance, o britânico conta a história improvável do encontro de um grupo de pessoas no alto de um prédio todas dispostas a cometer suicídio na noite de ano novo.
A Globo apresenta o novo livro de receitas do chef inglês Jamie Oliver, O Retorno do Chef sem Mistérios; investe na reedição de dois clássicos de E. M. Forster, Maurice e Howards End; edita Zama, considerado o melhor romance do argentino Antonio Di Benedetto, escrito em 1956. O enredo se passa no século 18 e trata de dom Diego de Zama, funcionário da coroa espanhola em Assunção, no Paraguai, que aguarda o momento de voltar à civilização e acaba prisioneiro de índios "não-assimilados".
O público da Bienal deve ainda se regalar com a maratona de autógrafos: são 425 sessões previstas mais de 40 por dia. Outros eventos dos mais concorridos devem ser os debates com escritores de apelo midiático, no chamado Salão de Idéias. Ruy Castro (Carmen) e Fernando Morais (Na Toca dos Leões) se encontram para discutir biografias. Roberto Shinyashiki fala sobre Amar ainda Pode Dar Certo?; Lawrence Block trata de Suspense e Ação na Literatura; e tem, ainda, Lya Luft, Danuza Leão, Nélida Piñon, Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar...
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