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A Fundação Bienal de São Paulo anunciou ontem os nomes dos artistas convidados a participar da 29ª edição do evento, que ocorrerá entre 25 de setembro e 12 de dezembro. Com 148 participantes e orçamento de R$ 30 milhões, a mostra, este ano, terá uma dimensão três vezes superior à da 28ª Bienal, de 2008. E parece ter superado a crise financeira e institucional dos últimos anos.

Reiterando que o tema central da exposição será a relação entre arte e política - representada pelo verso do poema de Jorge de Lima "Há Sempre Um Copo de Mar para Um Homem Navegar" -, Moacir dos Anjos, que divide a curadoria com Agnaldo Farias, afirmou que a intenção não é reforçar um entendimento já consolidado e produzido por outras áreas, mas "mostrar como a arte gera conhecimento sobre o mundo".

Outro ponto importante destacado durante a entrevista coletiva foi a ênfase dada pelo projeto à produção artística brasileira e latino-americana. "Isso é fruto do entendimento de que não nos conhecemos muito bem", acrescentou Moacir dos Anjos. Na lista, cerca de um terço dos participantes é de nacionalidade brasileira.

Além dos 148 artistas anunciados ontem, a Bienal, este ano, terá ainda seis núcleos temáticos do qual participarão artistas e intelectuais e onde ocorrerão atividades variadas nos campos da linguagem, música, poesia, cinema, performances e discussões sobre problemas da metrópole. São eles: O Outro, O Mesmo, desenvolvido pelo arquiteto Carlos Teixeira; A Pele do Invisível a cargo do esloveno Tobias Putrih; Dito, Não Dito, Interdito, criado por Roberto Loeb e Kboco; Eu Sou a Rua, planejado por UN Studio, de Amsterdã; Longe Daqui Aqui Mesmo, produzido por Marilá Dardot e Fábio Morais; e Lembrança e Esquecimento, de autoria de Ernesto Neto (este será um espaço para descanso). A programação desses espaços será diária e anunciada posteriormente.

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