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Uma Bienal não é um cineclube, uma enciclopédia, um arquivo, uma feira de arte, um museu. Essas são algumas das afirmativas - e críticas - do colombiano José Roca levadas em conta para conceber o projeto geral da 8.ª Bienal do Mercosul, da qual é o curador-geral. A mostra, a ser inaugurada em 9 de setembro e que se estenderá até 15 de novembro, em Porto Alegre, terá a participação de cerca de 100 artistas, "70% deles, da América Latina", diz Roca - e nessa equação o Brasil vai prevalecer. Os criadores convidados serão anunciados apenas em maio, mas os curadores da 8.ª edição já fecharam mostras e atividades.

Orçada em cerca de R$ 18 milhões, a 8.ª Bienal do Mercosul, sob o título Ensaios de Geopoética, tem como tema a questão do território, sobre a ideia de Estado e Nação, informa Roca. "Um tema é uma estratégia, é um jeito de atuar em um território", afirma o curador colombiano.

Esta edição vai homenagear o chileno Eugenio Dittborn (com mostra no Santander Cultural e itinerâncias) e ainda contará com as seções Cadernos de Viagem (em que artistas vão criar seus trabalhos inspirados em experiências em cidades gaúchas como Pelotas e Caxias do Sul, por exemplo, e apresentar também suas obras em instituições desses locais); Cidade Não Vista (uma proposta diferente de arte pública, com criações de caráter sensorial em nove prédios de Porto Alegre); Continentes (de residências artísticas no RS); Além Fronteiras (mostra de caráter histórico, com curadoria de Aracy Amaral); Geopoéticas (exposição principal com trabalhos de cerca de 60 artistas, no Cais do Porto); e terá ainda a Casa M, espaço dedicado a palestras e intervenções artísticas, a partir de 24 de maio.

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