• Carregando...
Mãos para São Paulo, José de Quadros: A série é uma das mais interessantes e comoventes expostas na CAM, com telas e esculturas do paulista José de Quadros em homenagem a pessoas desconhecidas que trabalham em grandes centros urbanos. Ele retratou mãos de habitantes de São Paulo que foram mutiladas durante o trabalho, e as esculturas também não possuem partes das mãos. Cada uma das obras leva o nome da pessoa que as inspirou, data e local de nascimento | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Mãos para São Paulo, José de Quadros: A série é uma das mais interessantes e comoventes expostas na CAM, com telas e esculturas do paulista José de Quadros em homenagem a pessoas desconhecidas que trabalham em grandes centros urbanos. Ele retratou mãos de habitantes de São Paulo que foram mutiladas durante o trabalho, e as esculturas também não possuem partes das mãos. Cada uma das obras leva o nome da pessoa que as inspirou, data e local de nascimento| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo
  • Very Wao, Ai Wei Wei: É a oportunidade para poder ver uma obra do cultuado artista chinês na cidade, cuja posição política também chama atenção: é crítico do governo de seu país e da falta de liberdade de expressão, e chegou a ser preso por dois meses em 2011. A instalação com bicicletas feita com a marca mais popular na China (Forever) está no centro do prédio da Secretaria de Estado da Cultura (Seec), e impressiona pela dimensão (tem sete metros de altura e chegou para a Bienal pelo Porto de Paranaguá). O espectador também encontrará uma análise sucinta da curadoria, o que ajuda na interpretação da obra. Aliás, esse é um cuidado que a Bienal teve este ano: colocar mais informações sobre os artistas ao lado dos trabalhos. Além disso, monitores estão à disposição na CAM e no Solar do Barão de terça a sexta-feira e nos fins de semana
  • Grande Utilidade – Comer, Wang Cheng Yun: Na Casa Andrade Muricy (CAM) há obras de dois conterrâneos de Ai Wei Wei, entre elas, o quadro em acrílico de Yun, que retrata uma mesa de jantar com pessoas comendo com feições nada
  • Truants, Rachel Goodyear: Não passe batido pela sala em que estão as obras e um vídeo da inglesa Rachel Goodyear na CAM. Em uma olhada rápida, os traços delicados quase escondem a temática sombria de seus desenhos, que se mistura com o apelo ingênuo e romântico. Rachel reforça nos quadros cenas do cotidiano, tendo como protagonistas figuras femininas
  • Um Capítulo a Qualquer Momento, Patrícia Valverde e Fernando Rousenbaum: O projeto, uma novela inspirada no cotidiano das pessoas que circulam pela Bicicletaria Cultural, chega diretamente ao seu celular – a trama é contada diariamente por meio de mensagens de texto de até 160 caracteres.
  • Ejercicio de Anulación, Edwin Sanchez: Uma arte política e contestadora, que evidencia os aspectos mais perversos da sociedade é a base dos trabalhos do artista colombiano, cujas obras estão expostas no Solar do Barão. No vídeo Ejercicio de Anulación, o artista coloca uma caixa de papelão sobre um deficiente físico sem os braços e as pernas, que mendiga nas ruas, sem que ele saiba. O ato mostra a condição de vulnerabilidade social, e chama atenção para a condição do indigente
  • O Mundo Perdido de Kozák, Fernando Severo: No Solar do Barão, é possível ver obras do artista tcheco radicado em Curitiba de 1938 até 1979, Vladimir Kozák. Com sensibilidade técnica, Kozák se dedicou a registrar paisagens e o povo brasileiro, além da cultura indígena. Cromos coloridos, como Aves, Viagem ao Paraná, de 1948, e fotografias (Rei da Congada da Lapa, de 1953) estão expostos. Não deixe de assistir ao documentário de Fernando Severo (de 1988) sobre o artista que está em exibição no local, vencedor de vários prêmios nacionais, como o de melhor roteiro no Festival de Gramado

O Caderno G selecionou os trabalhos mais interessantes da Bienal Internacional de Curitiba, que termina no dia 1.º de dezembro, em exposição em dois museus centrais: Casa Andrade Muricy (CAM) e Solar do Barão.

Trabalhos

Programe-se

Destaques da Bienal

Casa Andrade Muricy (Al. Dr. Muricy, 915, Centro). Visitação de terça a sexta-feira, das 10 às 19 horas. Sábado e domingo, das 10 às 16 horas. Secretaria de Estado da Cultura (R. Ébano Pereira, 240, Centro). De segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas. Nos fins de semana, é possível acessar a instalação de Ai Wei Wei pelo mesmo endereço e horários da CAM. Solar do Barão (R. Pres. Carlos Cavalcanti, 533). Terça a sexta-feira, das 9 às 12 horas, e das 13 às 18 horas. Sábado e domingo, das 12 às 18 horas. Há monitores da Bienal à disposição na CAM e no Solar (no mesmo horário do funcionamento). Entrada franca. Até 1º de dezembro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]