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Wendy Leigh, 65 anos: autora perdeu a mãe recentemente | /Divulgação
Wendy Leigh, 65 anos: autora perdeu a mãe recentemente| Foto: /Divulgação

Wendy Leigh, jornalista e autora da biografia “Bowie” (ed. Bestseller), sobre o ícone do rock morto em janeiro deste ano, morreu na última segunda-feira (30), em Londres. Seu corpo foi descoberto no rio Tâmisa nas proximidades do prédio onde morava.

Segundo o jornal britânico “Telegraph”, suspeita-se que a escritora tenha cometido suicídio, saltando da varanda de seu flat. Aos 65 anos, Wendy lidava com a perda da mãe, Marion, que morreu no Natal do ano passado, aos 88 anos.

No último mês, ela chegou a escrever sobre o luto em sua página no Facebook: “Gostaria de dizer que fica mais fácil de lidar, mas a verdade é o oposto disso. Sinto mais falta dela do que sou capaz de exprimir, mas tive sorte em tê-la como mãe”.

BOWIE

WENDY LEIGH

Páginas: 322

Preço: R$ 49,90

Tradução: Joana Faro

Editora: BestSeller

Wendy escreveu mais de 16 livros, a maioria biografias. Além de Bowie, resgatou as trajetórias de John F. Kennedy, Patrick Swayze e Arnold Schwarzenegger.

Em nota, o Grupo Editorial Record lamentou a morte da autora, à qual se refere como “uma das mais notáveis biógrafas dos últimos tempos”.

TRECHO DO LIVRO

“Desempenhar o papel de John Merrick, um homem nascido com uma trágica deformidade facial, foi um triunfo para David. Mas, ao mesmo tempo, a decisão de fazer um desajustado em sua estreia na Broadway dizia um pouco sobre David Bowie, o homem. Único filho que seus pais tiveram juntos, David nasceu canhoto, o que na Inglaterra dos anos 1950 era considerado uma desgraça, uma aberração que tinha de ser corrigida a todo custo. ‘Na escola, eu me lembro muito bem das crianças rindo de mim porque eu desenhava e escrevia com a mão esquerda’, contou David.

Seus colegas de escola gritavam que ele era ‘o diabo’, simplesmente porque escrevia com a mão esquerda. Pior ainda, ‘a professora tinha o costume de bater na minha mão para tentar me tornar destro’, disse ele.

A professora fez tudo o que pode, mas apesar de suas frequentes tentativas de forçar David a usar a mão direita em vez da esquerda, ele resistiu instintivamente e continuou canhoto. Mesmo assim, a batalha deixou cicatrizes e também serviu para endurecer seu espírito. Muitos anos depois, ele disse: ‘Aquilo me isolou imediatamente. Eu não me sentia igual aos outros por causa daquilo... Então acho que talvez tenha sido um daqueles avisos de como eu ia avaliar minha jornada pela vida: tudo bem, eu não sou igual a vocês, seus filhos da puta, então serei melhor que vocês.’”

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