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Javier Bardem e o diretor Alejandro Gonzalez Iñarritu apresentam o filme "Biutiful" em Cannes | Eric Gaillard/Reuters
Javier Bardem e o diretor Alejandro Gonzalez Iñarritu apresentam o filme "Biutiful" em Cannes| Foto: Eric Gaillard/Reuters

Há grande expectativa pelo dia de hoje no 63º festival de cinema de Cannes. Pela manhã, será exibido o concorrente mexicano, "Biutiful", de Alejandro González-Iñárritu. Em seu primeiro filme sem a participação do roteirista Guillermo Arriaga, Iñárritu abandona as narrativas corais que fizeram sua fama. Na sequência, na mostra Um Certain Regard, virá o novo Jean-Luc Godard, "Film Socialisme", que tem no YouTube uma versão condensada que o diretor preparou.

Ele gostaria que seu filme fosse disponibilizado somente na internet. Os produtores exigiram o lançamento em salas. "Film Socialisme" começa num transatlântico, como "Filme Falado", de Manoel de Oliveira. Como qualquer Godard, não conta propriamente uma história. Desenrola-se em três movimentos. O cruzeiro marítimo, o processo que um filho e filha movem contra os pais no tribunal da infância e as escalas em seis lugares míticos - Egito, Palestina, Odessa, Hellas, Nápoles e Barcelona.

Antoine de Baecque - coautor, com Serge Toubiana, da biografia de Truffaut -, lançou a primeira história da vida do cineasta produzida na França. Já saíram duas biografias em língua inglesa ambas desautorizadas por Jean-Luc. Ele não aprova a de Baecque, mas também não fez nada para impedir sua circulação. Godard já disse que contém inverdades. Também não lhe agrada que Baecque tenha recebido apoio de familiares.

Baecque produziu uma obra de pesquisa. Entrevistou familiares e amigos, pesquisou 50 anos de textos de (e sobre) Godard. As brigas do clã familiar - os Godard, proletários, por parte do pai; os Monod, da alta burguesia, pela mãe -, o fato de o jovem Godard ter roubado da família e, depois, assaltado o caixa de Cahiers du Cinéma; a viagem à América Latina; as desavenças com antigos companheiros da nouvelle vague, a quem ele teria "traído". O livro é explosivo e, aprofundando o retrato do homem ajuda a iluminar o artista, que é o que interessa.

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