Um dos mais vastos campos de trabalho para quem dança é o ensino, que não se restringe às academias tradicionais. O curitibano Rafael Moraes, de 24 anos, descobriu os movimentos do corpo no coletivo Stil Contact, de hip-hop e break. Hoje ele dá aulas no projeto Ação e Atitude, tocado por freiras no bairro Campina do Siqueira, e participa dos encontros do Stil Contact no "point" da dança de rua de Curitiba, a entrada do Shopping Itália.
"O grupo me deu outro estilo de vida", conta. Os jovens se reúnem às quintas-feiras e sábados, das 20 às 22 horas. Em Joinville, mostraram sua arte durante o Encontro das Ruas, que não envolve competição e acontece no ginásio da escola Germano Timm.
Entre uma e outra entrada nas "cyphers" rodas de break que se formam na plateia , Rafael assistia, no sábado, ao grupo de velha guarda Black Soul (foto), de Belo Horizonte. "Tenho muito respeito por eles. Nós também dançamos o hip-hop de raiz e não as modinhas de hoje", conta Ana Claudia Zapelini, 19 anos, moradora de Joinville.