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O Médico e o Monstro, dos mesmos produtores de Irma Vap, adapta o clássico literário com o uso do humor e do ridículo | Cabera Cesar/Divulgação
O Médico e o Monstro, dos mesmos produtores de Irma Vap, adapta o clássico literário com o uso do humor e do ridículo| Foto: Cabera Cesar/Divulgação

Programe-se

Mais dicas para a difícil escolha de peças do festival:

A Marca da Água

Com a Cia. Armazém

A companhia londrinense de nascimento, mas há anos radicada no Rio, conta uma história sutil e introspectiva. Laura (Patrícia Selonk) traz no cérebro uma lesão que tolhe partes de sua memória, mas também torna mais fácil contornar dificuldades emocionais. O espetáculo foi indicado ao Prêmio Shell (Rio de Janeiro/2º semestre) em três categorias.

Hamlet

Com os Clowns de Shakespeare

O grupo potiguar, responsável por Sua Incelença, Ricardo III, que abriu o festival de 2011, agora traz sua versão para a tragédia mais montada do bardo inglês, em que o príncipe da Dinamarca precisa vingar a morte do pai. A atriz Titina Medeiros (a Socorro, de Cheias de Charme) interpreta a sofrida Ofélia e o espetáculo comemora os 20 anos da companhia.

Serviço

Festival de Teatro de Curitiba

De 26 de março a 7 de abril. Ingressos à venda nos shoppings Mueller (10 às 22 horas), Palladium e Barigui (11 às 23 horas). Domingos, das 14 às 20 horas. Também pelo site www.festivaldecuritiba.com.br

Consulte a programação no site do Guia da Gazeta do Povo.

  • Nanini faz um monólogo inspirado em A Arte e a Maneira...
  • Em Nome do Jogo: peça tem Marcos Caruso e Erom Cordeiro

Pelo sucesso que alguns espetáculos que estarão no próximo Festival de Teatro tiveram no eixo Rio-São Paulo, dá para imaginar que serão os primeiros a ter ingressos esgotados a partir de hoje, quando têm o início das vendas para o público em geral.

Durante uma semana, apenas clientes Itaú e Renault puderam comprar entradas pelo site do evento, que vai de 26 de março a 7 de abril.

São concorridas, em especial, aquelas que têm no elenco atores conhecidos da televisão, como Marcos Caruso (o Leleco, de Avenida Brasil), estrela de Em Nome do Jogo. Na montagem, ele intepreta um escritor famoso de histórias policiais que chama o amante da mulher para uma conversa. O incrível é que o opositor aceita o convite, e ali tem início um jogo em que ambos são surpreendidos. Em cena também está Erom Cordeiro (o Tobias, de Amor Eterno Amor).

O espetáculo, em cartaz no Rio de Janeiro há 11 meses, teve 43 mil espectadores durante a temporada. "É difícil um tema policial fazer sucesso no teatro", contou o diretor, Gustavo Paso, em conversa com a reportagem.

Para dar conta das surpresas da trama num texto que se passa em sete cômodos, ele buscou soluções como um "objeto cênico" (surpresa) que permite representar quatro locais diferentes.

Para Paso, o fato de contar com atores conhecidos não explica sozinho o sucesso da peça. "Trabalhamos duro na adaptação, com preocupações conceituais profundas."

Ironias

Outra peça fundamentada no trabalho de ator é A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento, em que Marco Nanini (o Lineu, de A Grande Família) simula uma palestra motivacional com a linguagem da autoajuda, a partir do livro homônimo de Georges Perec. Aos poucos, o público percebe nas cargas de ironia que se trata mais de uma "anti-ajuda". Uma das ferramentas usadas é a repetição e o didatismo, que expõem o ridículo da subcultura de algumas organizações. A direção é de Guel Arraes, responsável nos anos 1990 pela TV Pirata e por sucessos cinematográficos como O Auto da Compadecida.

Ridículo

O clássico da literatura O Médico e o Monstro (Robert Louis Stevenson, 1886), depois de virar musical da Broadway, ganhou uma versão calcada no teatro do ridículo. No Brasil, os mesmos produtores do sucesso Irma Vap (com Ney Latorraca e Nanini) respondem pela peça. Na trama, o doutor Jekyll pesquisa o comportamento humano, acabando vítima da própria experiência. Ao tomar uma poção mágica associada ao péssimo café da empregada, ele adquire dupla personalidade, expressando seu lado malévolo na pessoa de Edward Hyde.

A escolha pela encenação grotesca acrescenta humor, além de haver homem vestido de mulher (sempre uma boa risada). A peça tem coprodução de Marco Nanini e, no elenco, Bruce Gomlevsky como protagonista e Erica Migon (da curitibana Sutil Cia.), entre outros.

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