A banda paulistana Saco De Ratos encerra, nesta sexta-feira (09), a sequência de shows no Teatro Paiol que fazem parte do projeto Ultravox, criado em comemoração aos quinze anos do programa Radiocaos. A apresentação acontece às 20h e as entradas custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
A formação capitaneada pelo dramaturgo e escritor londrinense Mário Bortolotto vem a Curitiba pela primeira vez com o formato de trio acústico a formação original tem mais dois integrantes.
O som é uma mistura de blues e rock sobre as letras poeticamente cruas de Bortolotto que falam de bebedeiras, sarjeta e mulheres suspeitas.
No show, a banda deve tocar parte do repertório de seu disco mais recente "Velhos, Bêbados, Barrigudos, Tocadores de Blues".
O nome da banda é uma referencia ao Rat Pack , um grupo de arruaceiros do showbiz americanos da década de 1950 da qual faziam parte Frank Sinatra, Dean Martin e Sammy Davis Júnior, entre outros.
Confira abaixo a entrevista com o vocalista Bortolotto:
Vocês são mesmo um bando de velhos barrigudos tocadores de Blues unidos em uma espécie de gangue como o Rat Pack?
Somos todos velhos, com exceção do Rick que tem 37 anos, mas tem cara de 27. Os outros são velhos mesmo. Somos barrigudos, com exceção do Fábio Brum que tá mais pra "Faquir do Rock and Roll". E tocamos blues e rock. E somos mesmo uma gangue como o Rat Pack. Tão bêbados quanto eles, pelo menos. Foi daí que veio o nome da banda. E o nome do disco?
Aconteceu porque uma garota escreveu pra gente numas de ofender e falou assim: "Quem vocês pensam que são? Vocês não passam de uma banda de velhos barrigudos tocadores de blues". A gente adorou isso e por isso colocamos esse nome no disco. Você sempre teve bandas e sempre fez música, mas parece que o Saco de Ratos está sendo tratada de uma forma mais cuidadosa e profissional. Ou é impressão errada?
Não é impressão não. Estamos fazendo cada vez mais shows. Estamos gravando o nosso terceiro CD e acabamos de gravar o nosso primeiro clipe mais profissa. Tá pronto e o lançamento oficial marcado para o dia 18 de Agosto.
Como será este show em Curitiba? O que vocês devem tocar no Paiol?
Vai ser um trio acústico. Não vai ser a banda completa. Então vamos privilegiar mais as músicas mais intimistas, menos rockers. Vamos tocar alguns blues e baladas tristes. Temos várias. Mas, de repente, a gente toca também alguns rocks em versões acústicas. Tudo depende de como vai andar o show. A gente nasceu pra subverter set lists. Além disso, show em trio é mais intimista, e até porque o primeiro show é no Teatro Paiol que não comporta show com bateria. A música que você faz é aquela mistura de blues e rock que fala de sarjetas, bebedeiras... Esta é a linguagem perfeita para este tipo de tema?
Acho que sim, vide Rolling Stones, Lynyrd Skynyrd e outras bandas do gênero que estão entre nossas preferidas. E a gente bebe mesmo é no blues que é de onde vem toda a encrenca.
Quem são as bandas e ídolos que te trouxeram para este lado? Quais as tuas influencias mais marcantes?
Eu misturo um pouco de rock, blues e literatura. Para mim é uma coisa só. Acaba mesmo se misturando. Robert Johnson, John Lee Hooker, Charles Bukowski, Jack Kerouac, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Brian Azzarello, Garth Ennis, Rolling Stones, Lynyrd Skynyrd, Reinaldo Moraes e Marcelo Mirisola. Tem muito mais, é claro, mas é só pra dar um mapa.
Você é está sempre presente na programação do fã do RadioCaos. Você é fã da parada? Sou, é claro. Puta seleção que os caras fazem. Conheço o pessoal do "Beijo AA Força" desde os anos 80 quando eu morava em Londrina ainda.
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