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Nelson Xavier e Juliana Paes, estrelas de A Despedida: atuações inspiradas | Edson Vara/Divulgação
Nelson Xavier e Juliana Paes, estrelas de A Despedida: atuações inspiradas| Foto: Edson Vara/Divulgação
  • Rodrigo Santoro: homenagem e emoção

Em seus primeiros dias, foi perceptível no Festival de Gramado uma mudança de ares que parece fazer bem ao evento nos passos firmes que dá para retomar sua relevância como vitrina e fórum que coloca o cinema em primeiro plano. Foi interessante observar que praticamente todos os famosos que desfilaram no tapete vermelho sob os gritos do público enfileirado na Rua Coberta tinham filmes em exibição no Palácio dos Festivais. E, ainda, palavras articuladas a dizer sobre suas produções.

Não faz muito, a ambição turística do evento se impunha sobre a artística, fazendo circular na Serra, a soldo dos organizadores, celebridades de segunda e terceira linhas. Nos últimos três anos, porém, em razão da escassez de recursos para investir na caravana de celebridades alheias aos filmes e do foco calibrado dos novos gestores no que realmente importa em um festival de cinema, Gramado se renovou.

O primeiro fim de semana da 42ª edição foi marcado pela presença – e pelo trabalho – de bons atores. Um dos grandes nomes do cinema nacional, Nelson Xavier apresentou em A Despedida uma das mais emocionantes atuações de sua carreira. Ao seu lado, no primeiro longa da competição nacional em exibição, na sexta-feira, Juliana Paes mostrou que, além da beleza e do glamour, é uma atriz com estofo dramático capaz de entregar-se de forma comovente e despudorada a uma personagem.

Na noite de sábado, um time de grandes atores foi visto no drama de guerra A Estrada 47. Entre eles, Daniel de Oliveira, de volta a Gramado após a aclamação e o Kikito de melhor ator em 2008 por A Festa da Menina Morta, e Júlio Andrade, que nesta semana estreia no circuito à frente da cinebiografia de Paulo Coelho Não Pare na Pista. Em Os Senhores da Guerra, André Arteche, Rafael Cardoso e Leonardo Machado defendem bem personagens de destaque na trama sobre um conflito fraternal que ocorreu em meio aos confrontos armados de 1923 e 1924 no Rio Grande do Sul.

Homenagem

E teve Rodrigo Santoro. Prestes a fazer 40 anos, o mais badalado ator brasileiro no exterior esteve na Serra para receber o Troféu Cidade de Gramado. Com toda a milhagem acumulada e os bons filmes que tem na folha corrida, Santoro chorou na entrevista coletiva concedida antes da homenagem, ao lembrar nomes que o acompanharam na estrelada trajetória. E chorou novamente sob os aplausos da plateia ao erguer o prêmio e ver reconhecido o ofício pelo qual garante ser cada vez mais apaixonado.

Foi o fim de semana dos grandes atores em Gramado. O festival prossegue até o próximo sábado. E, na quinta-feira, deve ter Fernanda Montenegro no Palácio dos Festivais.

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