O lendário músico norte-americano Bob Dylan foi agraciado nesta quarta-feira (13) com o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes-2007, por ser "um mito vivo na história da música popular e farol de uma geração que teve o sonho de mudar o mundo". Considerado o maior poeta do rock, Dylan, de 66 anos, é reconhecido como uma das maiores influências musicais do século 20, além de encarnar o movimento pacifista da década de 1960. Entre seus sucessos se destacam as canções "Blowing in the wind" e "Like a rolling stone".
"Austero nas formas e profundo nas mensagens, Dylan conjuga a canção e a poesia em uma obra que faz escola e determina a educação sentimental de muitos milhões de pessoas", disse José Lladó, presidente do júri reunido na cidade de Oviedo, nas Astúrias. Dylan venceu a pianista portuguesa Maria João Pires, os arquitetos Frank Gehry e Rafael Moneo e o músico Andrew Lloyd Webber.
Nascido Robert Zimmerman numa família judia de classe média em Minnesota, o músico lançou em 2006 seu primeiro disco em cinco anos, "Modern times". O cantor e compositor, que também é escritor, cineasta e ator, mudou de nome, de religião e de estilo musical ao longo da extensa carreira, que já resultou em quase 50 álbuns e centenas de canções.
A Fundação Príncipe de Astúrias abriu na semana passada a temporada de prêmios com o de Cooperação Internacional, concedido ao ex-vice-presidente norte-americano Al Gore. A cada ano são entregues oito prêmios, que incluem 50 mil euros e uma escultura criada e doada especificamente para esse fim por Joan Miró. Ainda serão entregues neste ano os prêmios de Comunicação e Humanidades, Pesquisa Científica e Técnica, Letras, Ciências Sociais, Esportes e Concórdia.
A cerimônia de entrega ocorrerá no outono espanhol no Teatro Campoamor, de Oviedo, e será presidida pelo próprio Príncipe de Astúrias, filho mais velho do rei Juan Carlos II.
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