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Ele bem ali na minha frente

Por: Luciane Horcel, editora on-line do Caderno G

A apresentação do Bon Jovi em Curitiba foi o meu primeiro grande show internacional da adolescência. Eu e minhas amigas, que na época assistíamos ao clipe "Always" umas 50 vezes por dia, demos pulos de alegria quando soubemos que aquele roqueiro mais do que charmoso estaria ao vivo e em cores bem na nossa frente.

Depois de convencer os pais de que o evento na Pedreira Paulo Leminski era "ultramegaplus" seguro e que não, a gente não ia levar nenhum namoradinho (bem capaz que a gente queria alguém além do Bon Jovi) era hora de comprar os ingressos e esperar. No dia do show, o tal 29 de outubro de 1995, achamos que com oito horas de antecedência íamos ser as primeiras da fila, mas chegando lá vimos que a gente nem era tão fã assim.

Meninas enlouquecidas e caras roqueiros estavam acampados na Pedreira a sei lá quanto tempo, com todo aparato de um fã de verdade: bandeiras, camisetas, faixas e, claro, bandanas na cabeça imitando o estilo do ídolo na época.

Quando os portões abriram, eu me lembro de ver a fila ir pro "beleléu" em poucos segundos e um batalhão de meninas correrem ensandecidas, gritando e chorando sem parar. Tudo para grudar a barriga no palco e ficar com o pescoço doendo de tanto encarar o gatão de voz rouca e panca de moço cruel.

Criticando a choradeira e tanto papelão (a gente se achava muito equilibrada...), fomos com calma e pegamos um bom lugar.

Acho até que fizemos cara de superioridade, algo do tipo "pra que isso, cambada de louca?". Pose, aliás, que durou só até o superstar pisar no palco... Quando as cinco avistaram aquela perfeição esbanjando charme foi uma gritaria histérica e lágrima pra tudo quanto é lado...

Com meio século de existência, o roqueiro Jon Bon Jovi só tem razões para comemorar. A banda que leva seu nome, liderada por ele há mais de 30 anos, está em alta, e lotou casas brasileiras na última passagem do músico americano nascido em 2 de março de 1962 pelo país, em 2010.

O músico alcançou sucesso com sua banda em 1986, com o terceiro disco da carreira, Slipery When Wet, que atingiu o topo das paradas com "You Give Love a Bad Name" e "Livin’ on a Prayer".

>> Vídeo: Assista à última apresentação de Bon Jovi em São Paulo, em 2010

>>Fotos: Veja algumas imagens de Bon Jovi durante a carreira

Com onze discos de estúdio, o último trabalho da banda, The Circle, foi lançado em 2009, e já vendeu mais de três milhões de cópias no mundo todo.

Misturando hard rock, folk e country, a fórmula de Bon Jovi deu mais do que certo. A banda foi eleita a segunda mais cara do mundo pela revista Rolling Stone, ficando atrás apenas dos irlandeses do U2.

Além disso, o mentor cinquentão da banda, nascido no estado de Nova Jersey, continua o galã de sempre, tanto na música quanto no cinema. Após sua primeira aparição na tela grande em 1990, em Jovens Demais Para Morrer, Bon Jovi fez outras doze atuações, sendo a última do ano passado, na comédia romântica do diretor Gary Marshall, Noite de Ano Novo. Nem por isso abandonou a carreira musical: ainda no mês passado, apresentou no programa Person to Person, da rede CBS, trechos de uma nova música, "What About Now".

Parar parece não ser uma opção para Jon Bon Jovi.

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