A edição curitibana do Tim Festival 2007, que acontece amanhã, a partir das 19 horas, na Pedreira Paulo Leminski tem todas as chances de superar os eventos carioca e paulista, ambos realizados durante o último fim de semana. No quesito musical, vêm à capital paranaense quatro das atrações mais elogiadas pelo público e pela crítica até o momento: Hot Chip, Björk, Arctic Monkeys e The Killers.
Quanto à estrutura, apesar do clima bastante propício a chuvas e à típica lentidão do trânsito nas horas que antecedem o festival, problemas sérios como o congestionamento em direção à Marina da Glória, causado pelo desabamento de terra no túnel Rebouças, no Rio de Janeiro, não devem atrapalhar tanto a chegada do público curitibano à Pedreira o bloqueamento da passagem fez com que muitos cariocas perdessem boa parte da apresentação da cantora islandesa Björk, na sexta-feira, 26, para a qual os ingressos estavam esgotados.
Possíveis cancelamentos causados pelo mau tempo no Rio de Janeiro, os shows do palco Novo Rock BR, com as bandas Vanguart, Montage e Del Rey, não chegaram a acontecer na sexta-feira, pois a estrutura havia sido montada em local aberto e a chuva no momento da apresentação, apesar de passageira, era torrencial também não devem se repetir por aqui.
Basta lembrar do Tim Festival do ano passado, que levou 12 mil pessoas a acompanhar o trio nova-iorquino Beastie Boys, principal atração da edição, debaixo de chuva sem grandes problemas.
Grandes expectativas
Com início previsto para as 19 horas em ponto, os primeiros a subirem ao palco do Tim Festival curitibano serão os cinco londrinos do grupo eletrônico Hot Chip. Na capital carioca, a banda abriu a apresentação dos conterrâneos roqueiros do Arctic Monkeys e, apesar de ter enfrentado uma platéia pequena e um tanto quanto ansiosa para conferir o show do hypado Alex Turner e seus comparsas, fez um dos melhores shows do festival. O repertório é curto os hits "And I Was a Boy from School" e "Over and Over" estão confirmados, além da inédita "Shake a Fist", que abriu o show carioca mas a breve performance dos ingleses é intensa, dançante e divertida. Ou seja, vale à pena sair de casa uma hora mais cedo para conferi-los.
Satisfação garantida terão os fãs da islandesa Björk, cujo show, apresentado para cerca de 4 mil pessoas na Marina da Glória, deve ganhar e muito com as dimensões do palco da Pedreira. Se os telões contribuírem (o que não aconteceu no Rio de Janeiro), os fortes elementos visuais da performance computadores touch screen, dez mulheres escandinavas tocando instrumentos de sopro e até chuva de papel cintilante devem impressionar os admiradores de longa data de Björk, uma das atrações mais esperadas por aqui. Se o figurino é surpresa no Rio, ela usou um vestido dourado, de mangas curtas exageradamente bufantes , o repertório é o mesmo conferido pela reportagem do Caderno G, no mês julho, no festival dinamarquês de Roskilde: faixas de Volta como "Earth Intruders", "Innocence", "Wanderlust" e "Declare Independence", junto a hits como "Hunter", "Joga", "Army of Me", "I Miss You" e "Hyperballad".
Já o quarteto Arctic Monkeys, que carregou a platéia carioca por uma longa apresentação (mais de 1h30), deve se superar em Curitiba, já que o breve repertório do grupo inglês pouco comunicativo com o público, por sinal ganha mais força e vigor quando apresentado em tempo mais curto.
O grande show da noite deve mesmo ficar a cargo dos norte-americanos do Killers. Com um set list recheado de hits imagine só a seqüência "When You Were Young", "Bones", "Somebody Told Me" e "Smile Like You Mean It" , Brandon Flowers e companhia deixaram muitas gargantas roucas após o show na edição carioca. Fora o pop chiclete, a performance encanta pelo cenário kitsch bem-elaborado e pela presença de palco cada vez mais confiante do belo Flowers, que rege os gritos da platéia com os gestos e a imponência de um maestro.
A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Tim.
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