O capitalismo tem sido acusado pela extrema esquerda de ser o principal inimigo da preservação da natureza. No entanto, é justamente no mercado financeiro expressão máxima do sistema capitalista moderno que o governo brasileiro está apostando suas fichas para preservar a Amazônia. Até 2010, o Programa de Áreas Protegidas (Arpa), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, pretende arrecadar US$ 240 milhões junto à iniciativa privada e órgãos internacionais para constituir um fundo de investimento cujos rendimentos de juros seriam integralmente revertidos para a manutenção de 50 milhões de hectares de áreas protegidas o equivalente a 10% da Amazônia brasileira.
O fundo já tem US$ 10 milhões, doados pela ONG internacional WWF e pelo Fundo das Nações Unidas para o Meio Ambiente (GEF), explica o coordenador do Arpa no ministério, Ronaldo Weigand Júnior. Ontem, o presidente do Boticário, Miguel Krigsner, formalizou a doação de mais US$ 1 milhão para o fundo. Com essa doação, o GEF se obriga a investir mais US$ 1 milhão como contrapartida (para cada dólar arrecadado com a iniciativa privada, o GEF se comprometeu a destinar outro dólar ao fundo). Assim, o fundo logo passará a ter US$ 12 milhões.
Segundo o ministério, o rendimento do fundo será suficiente para financiar a manutenção, por tempo indeterminado, das áreas protegidas que se pretende ter na Amazônia até 2010. Da meta de preservar 50 milhões de hectares, 18 milhões já devem estar oficialmente protegidos até o fim deste ano.
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