O Brasil terá o primeiro mapeamento completo da sua cobertura vegetal nativa até o fim do ano. Quem garante é o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério da Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco.
- Hoje só conseguimos mapear o desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica - afirmou Capobianco.
Segundo o secretário, que no sábado participou do Dia Brasil, evento paralelo da 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8) em Curitiba, o mapeamento já está sendo realizado por meio de um esforço conjunto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com universidades públicas, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
- Já temos mais de 90% da Amazônia, do Pantanal e da caatinga mapeados - contou.
Além de considerar todos os biomas brasileiros, outra novidade do mapeamento é que ele levará em consideração áreas de vegetação secundária.
- A metodologia adotada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que monitora o desmatamento na Amazônia, mede apenas novos desmatamentos. Ela não consegue perceber as áreas desmatadas que se recuperaram. A gente vai avaliar qual o grau de alteração dessa vegetação primária, quando acontece o reflorestamento.
Essa análise está sendo baseada em imagens de satélite referentes a 2002.
- A idéia é que esse seja o ano zero do levantamento. Dependendo da aceitação da sociedade, poderemos ter periodicidade nesse trabalho. O ideal é que o estudo fosse refeito a cada dois ou três anos.
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