Flanar por Paris e observar as vitrines das livrarias foi um prazer especial para os brasileiros que visitaram a capital francesa nos últimos dias.
O Brasil foi o país homenageado da 35.ª edição do Salão do Livro de Paris e isso fez com que a literatura nacional virasse destaque nas vitrines das livrarias e nos meios de comunicação franceses.
Pela primeira vez o evento homenageia um país por duas vezes – o Brasil já havia sido lembrado pelo Salão do Livro de Paris em 1998. A feira, que terminou nesta segunda-feira (23), consagrou 48 autores brasileiros que tiveram suas obras traduzidas para o francês.
Cristovão Tezza e Fernanda Torres foram destaques
Com o título “Tecidos Familiares”, a discussão colocou em pauta a temática da família na literatura. Tezza, que teve seu
Leia a matéria completaA professora da Universidade Federal de Ouro Preto e doutora em literatura, Guiomar de Grammond, foi a curadora escolhida pelo governo federal para escolher os autores participantes do Salão. “O Centro Nacional do Livro da França fez uma seleção de 50 autores para serem traduzidos para o francês, por causa dessa homenagem no Salão. Chegou-se a esses nomes sempre mantendo bastante diálogo com o Brasil e, no final, o Centro separou 30 nomes para integrar o grupo de autores participantes. Nós pudemos indicar outros 18 para fechar a lista”, explica Guiomar.
E a ideia da curadoria foi ocupar as vagas restantes com autores que pudessem representar setores da cultura e da literatura nacional que ficaram de fora da primeira escolha dos franceses: entraram autores indígenas, autores negros e procurou-se estabelecer uma paridade de gênero.
O resultado do trabalho pôde ser visto durante os quatro dias de feira, centenas de livros expostos e à venda, além das mesas redondas e debates organizados pelo Brasil durante o evento.
“Procuramos tratar a diversidade cultural do Brasil, com autores de diferentes etnias – autores de origem judaica, libanesa, argentina – para falar das experiências transnacionais na literatura, sem esquecer dos assuntos clássicos nacionais, como o futebol. Uma aposta importante foi trazer quadrinistas e mostrar a produção nacional de histórias em quadrinhos, que é muito rica e importante por ser uma ótima porta de entrada de novos leitores ”, afirmou a curadora.
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