Uma pesquisa global mostra que a maioria das pessoas é apaixonada por música e se dispõe a pagar para curti-la de maneira legal, e no topo da escala de paixão estão os brasileiros.
A pesquisa "Music Matters" (a música importa), feita pela firma de pesquisas de mercado Synovate, com 8.000 adultos em 13 países, mostra que 63 dos entrevistados se consideram apaixonados por música. Os brasileiros são os mais apaixonados, enquanto os australianos estão em último lugar. Apenas 6 por cento de pessoas entrevistadas disseram que "não dão a mínima" para a música.
"A paixão pela música existe desde os primórdios da humanidade", disse em comunicado o diretor global de pesquisas de mídia da Synovate, Steve Garton.
"Desde o bater de tambores primitivos até antes mesmo de nascermos, quando já nos acostumamos à batida do coração de nossas mães, somos programados para amar a música", explica.
Esse amor levou quase quatro pessoas em cada dez a comprar um CD de uma loja, contra os 11 por cento que admitiram ter comprado CDs de música piratas.
Mais de dois terços dos entrevistados disseram que pagaram por música que baixaram da Internet, e 8 por cento disseram que pagaram por aplicativos musicais, ou apps, em seus telefones.
Uma em cada cinco pessoas entrevistadas, encabeçadas pela Coreia do Sul (60 por cento), ouviram música no último mês de serviços legais de música transmitida ao vivo.
Robert Alleyne, gerente de pesquisas da Synovate na Grã-Bretanha, disse que, embora os downloads ilegais e os CDs piratas ainda sejam um problema para a indústria musical, o estigma ligado a essas atividades conseguiu reduzir a pirataria consideravelmente.
"Durante muito tempo, fazer downloads ilegais era mais fácil e rápido do que fazer downloads legais, mas isso mudou. E os consumidores aderiram a esses serviços novos e legais", disse ele. "Prevejo uma diminuição, com o tempo, no número de pessoas que fazem downloads ilegais".Não apenas os consumidores se dispõem a pagar por música, como ficam felizes em gastar dinheiro para conhecer seus artistas favoritos, assistindo a seus shows ou conseguindo acesso a informações ou festas exclusivas, mostrou a pesquisa.
Os norte-americanos são os que mais se dispõem a pagar a mais por privilégios "reservados a sócios", enquanto mais de dois terços dos franceses dizem que se dispõem a pagar para ter acesso a outras produções criativas de artistas, como poesia e trabalhos de arte.
Mas, se houver oportunidade, a maioria das pessoas (44 por cento) preferiria ter música de graça, mesmo que isso implique em aguentar todos os anúncios que povoam os sites de downloads de música.
Para maiores detalhes da pesquisa, vá para www.synovate.com/insights/infact .
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