A São Paulo Fashion Week chega ao quarto dia ventilando já as principais tendências do verão. Basicamente, as saias e vestidos subiram as barras, as cinturas ficaram mais altas e tão ajustadas quanto no inverno e as cores, há muito jogo de volumes quando embaixo a saia é generosa, a parte de cima pede um corselet ou uma blusa mais sequinha. Além disso, está tudo pintado de cor de pele. Isso mesmo, além do look branco total que já vinha se mostrando nas edições anteriores, o calor vai ser a estação dos tons bem neutros e nada mais chique que look "pele" total...
Um desfile que seguiu essa tendência dos pés à cabeça foi o da Maria Bonita. As modelos apresentaram trench coats reeditados para o calor, em versões transparentes e cor de pele , vestidos larguinhos de malha, terninhos que no lugar da calça ganharam saias oversize, e, nos pés, sapatos em plástico incolor. Pra variar, em alguns looks misturou a elegância do tom de pele com intervenções coloridas, silks prateados, verdes olivas e musgos, além de estampas sutis de vasos de flores.
Para os homens, a moda pede corpos com tudo no lugar. As modelagens estão bem ajustadas, coladas ao corpo, em contraponto aos caftãs orientais, ora bordados, ora texturados. Mário Queiroz apresentou ontem uma moda extremamente despojada e tropical, assim como a V.Rom hoje, que levou a São Paulo Fashion Week para fora da Bienal (o desfile foi no Parque da Luz, no centro velho de São Paulo), e mostrou um toque étnico nas roupas masculinas (com aplicações de botões enfileirados em pontos estratégicos das roupas) e dinâmicas novas para peças: sobras de tecido nas bermudas que conferiam ar de saias, botões nas laterais que abriam e deixavam as roupas mais soltas e até moletons decotados.
A Forum que trouxe para passarelas duas modelos internacionais, colocou a lingerie à mostra. Bojos bem estruturados ganharam lugar em quase todas as peças da coleção. Teve até vestidinho fluido com sutiã aparente.
Reinaldo Lourenço vestiu as modelos como borboletas ou como os bombons Sonho de Valsa que patrocinavam a apresentação: tanto nos volumes generosos, quanto nas cores. Apareceram corselets justíssimos e saias armadas, vestidinhos em cetim mais sequinhos rebordados com miçangas. Fause Haten também foi para o lado romântico abusou do salmão, fez cintos de passamanaria e brincou com os volumes extremos justapostos às silhuetas sequinhas.
A Osklen, marca com estilo esportivo, elegeu o marfim como cor da coleção. E brincou com isso o tempo todo: fez vestidões largos do tipo regata, peças com acabamento balonê e regatas com cavas pronunciadas, muito disso marfim, ou creme, ou em alguma variação disso.
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