O cineasta Quentin Tarantino e seu "Pulp fiction - Tempo de violência" (1994) fizeram escola. Ano após ano aparece alguém querendo copiá-lo, embora os resultados não sejam muito bons. Esse é o caso de "Xeque-mate".
O filme do inglês Paul McGuigan (de "Paixão à flor da pele") traz no elenco uma boa mistura de veteranos e jovens talentos - mas nenhum muito à vontade.
Morgan Freeman ("Menina de ouro") e Ben Kingsley ("Oliver Twist") são dois mafiosos rivais conhecidos, respectivamente, como O Chefe e O Rabino. Quando o filho de um é morto numa emboscada, o outro contrata um matador para se vingar.
Esse matador é Slevin (Josh Hartnett, de "Efeito borboleta"), que na verdade não é um criminoso, mas acaba sendo confundido com a pessoa errada. Sem muitas opções, ele aceita o serviço. Mais tarde, acaba sendo contatado pelo outro mafioso, que também lhe oferece um servicinho. Ou seja, o rapaz acaba jogando nos dois times, traindo os dois mandantes.
Slevin planeja o assassinato sem saber que sua própria vida está por um fio. Um matador de aluguel (Bruce Willis, do "Pulp fiction" original), esse de verdade, começa a seguí-lo para eliminá-lo logo depois que os "serviços" estiverem concluídos. A seu favor, Slevin conta com a vizinha Lindsey (Lucy Liu, de "As Panteras"), que o ajuda, mas que também passa a correr risco de vida.
McGuigan e o roteirista estreante Jason Smilovic constróem "Xeque-mate" em cima de referências cinematográficas que incluem, além de Tarantino, filmes como "O profissional", "Amnésia" e mesmo Hitchcock, com seu "O homem que sabia demais". O problema é que a dupla quer que seu filme pareça mais inteligente do que a platéia, e reserva meia dúzia de surpresas e reviravoltas que nunca se justificam.
Ao final, "Xeque-mate" se torna mais um filme policial banal que, preocupado demais consigo mesmo, não dá chance ao público para pensar. Cenas redundantes e excesso de explicações dão a sensação de que, para o diretor, apenas ele e o filme têm o direito de ser inteligentes.
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