Último filme do diretor Tim Burton, Grandes Olhos, em cartaz nos cinemas, está longe da grandiosidade de Alice no País das Maravilhas. Tampouco se tornará um clássico, a exemplo de Edward Mãos de Tesoura. Mas é pela história que o filme se vale: a trajetória da pintora Margaret Keane, fenômeno das artes visuais na década de 1950 que, por anos, ficou na sombra do marido Walter. Ao longo de décadas, se atribuiu a ele a autoria dos trabalhos da artista, conhecidos pelos olhos grandes e perturbadores. Burton consegue contar esse embate, e ainda discutir temas relevantes, como o feminismo e a necessidade de legitimação da arte pelo mercado. Ponto para a boa atuação de Amy Adams (foto).
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