Para temperar a voz, Elza Soares faz gargarejo de café preto com limão. Quem segreda é o cabeleireiro curitibano Fheliciano Macan. Além de patrimônio da tesoura local – completou 50 anos de profissão em 2014 – ele foi amigo íntimo e confidente do casal Elza Soares e Mané Garrincha. Morou por seis meses com a dupla numa mansão no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.
“Nos conhecemos através de um conhecido em comum”, lembra Fheliciano. A década de 1960 corria agitada e Elza estava em Curitiba para um show. “Ficamos muito amigos.” Fheliciano tornou-se o cabeleireiro oficial da mulata, que diz ser “linda por fora e por dentro.” Ele a maquiava e penteava. Para um show específico, deixou Elza Soares careca. Divertiam-se, enfim. Há tempos não se falam.
“Não temos tanto contato. A vida mudou, os caminhos mudaram. Elza é uma canceriana: não se fixa em pessoas ou lugares. Mas, se procurá-la, ela está sempre disposta”, diz Fheliciano. O curitibano era tão próximo dela e de Mané que foi procurado, na década de 1990, por Ruy Castro. O jornalista escrevia “Estrela Solitária”, comovente biografia de Garrincha. “Elza avisou: ele vai te procurar. Mas não quis falar nada. Não achei uma boa.”
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