Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu no dia nove de fevereiro de 1909, na zona rural de Marco de Canavezes, em Portugal. Aos dez meses, chegou ao Brasil, onde cresceu conhecendo a música local pelas ruelas da cidade do Rio de Janeiro. Mas não foi através de seu nome de batismo que ela ganhou o mundo. Já Carmen Miranda, sim. Há quem diga que ela conquistou um espaço que até hoje não foi ocupado por mais ninguém.
E foi com o objetivo de matar as saudades da Pequena Notável, que há exatos 50 anos nos deixou, que o canal por assinatura Telecine Classic resolveu prestar uma homenagem à altura: é o "Festival Carmen Miranda". A partir desta segunda-feira (1º), o telespectador poderá rever a estrela (quase) brasileira em cinco filmes da década de 40, produzidos pela Fox Filme e pela Paramount : "Aconteceu em Havana", "Serenata boêmia", "Sonhos de estrela", "Se eu fosse feliz" e "Copacabana".
- É uma artista que faz muita falta. Relembrar os mitos que fizeram parte da história do cinema é fundamental, e Carmen Miranda foi uma pessoa que ajudou a construir a imagem do nosso país lá fora. Ela é a rainha da imagem tropical, até hoje nos Estados Unidos todos a reverenciam - comemora a gerente de programação do canal, Cláudia Freitas, que escolheu os longas entre empoeiradas fitas a serem exibidas. Autora da novela "A lua me disse", Maria Carmem Barbosa, promete não perder um segundo da programação especial. Fã assumida da Pequena Notável, a roteirista descobriu na vida da cantora um prato cheio para fazer o musical de sucesso "South American Way", escrito ao lado do multimídia Miguel Falabella, em 2001.
- Sempre tive muita afinidade com a história da Carmen porque meu pai, o compositor Haroldo Barbosa, morou com ela nos Estados Unidos. Eles eram muito amigos. Não cheguei a conhecê-la, mas sempre tive a Carmen muito viva na minha memória. E contar a vida dela foi uma dádiva - explica Maria Carmem, relembrando o exaustivo período de preparação para o musical. - Fizemos uma pesquisa apuradíssima, um levantamento musical bastante detalhado sobre a obra dela. E acho que isso foi um dos motivos para o sucesso estrondoso da peça: revelamos o lado oculto da estrela, do início do estrelato até a sua morte trágica - completa ela sobre o espetáculo, na época protagonizado pelas atrizes Soraya Ravenle e Stella Miranda.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião