Serviço
Veja as informações deste e de outros shows no Guia Gazeta do Povo
Uma das marcas das canções de Marcelo Camelo, tanto nos trabalhos lançados com o Los Hermanos quanto em sua carreira solo com o suporte da requintada banda paulistana Hurtmold, são os arranjos e partes instrumentais. Com timbres sofisticados e temas fortes, esse aspecto parece inseparável do trabalho do compositor.
Mas a maioria destas canções nascem no violão, que é o instrumento fundamental para o músico carioca. E é esse o formato que Camelo traz, pela primeira vez, para Curitiba, no show que apresenta neste sábado, às 21 horas, no Canal da Música (Veja o serviço completo do show no Guia Gazeta do Povo). Canções de praticamente toda a carreira do compositor serão apresentadas com participação especial do rabequista Thomas Rohrer.
Fundamentos
"Sempre tive vontade de tocar minhas músicas no violão, mas nunca achei que tivesse repertório para isso ou que tocasse violão bem o suficiente para que isso acontecesse de um jeito que me realizasse", diz Camelo, por telefone. "Aos poucos, fiquei mais seguro com o meu jeito de tocar violão, com as minhas limitações. E fui juntando mais repertório ao longo desse período", afirma.
O compositor escolheu músicas que têm, em suas raízes, maior intimidade e proximidade com a linguagem do violão. De acordo com Camelo, trata-se da grande maioria do seu trabalho, embora algumas de suas composições tenham sido feitas, de fato, com alguma formação em mente. Por isso, elas não soam tão distantes de suas gravações originais quando apresentadas em formato solo. "É um exercício de voltar atrás nesses arranjos", diz Camelo. "É como se fosse despir a música da temporalidade dos arranjos. Tentar trazê-la para uma linguagem fundamental", explica.
Camelo prefere não adiantar nomes de músicas que serão apresentadas, mas o roteiro do show deve passar por toda a trajetória do músico de "Casa Pré-Fabricada" (do disco Bloco do Eu Sozinho, 2001), "Samba a Dois" (Ventura, 2003) e "Fez-se Mar" (4, 2005), da fase Los Hermanos, a "Janta" (do disco Sou, 2008) e "Pra Te Acalmar" (Toque Dela, 2011), da carreira solo, passando por músicas conhecidas por outros intérpretes, como "Pra Falar de Amor", que foi gravada por Erasmo Carlos. Estas foram algumas das músicas apresentadas em um show com o mesmo formato em janeiro, mas o repertório não está definido. "Fico mesmo bem à vontade, até para mudar o repertório em cima da hora. É para ser meio próximo das pessoas, o mais informal possível", diz Camelo.
Público
Perguntado se a proposta de um clima intimista como este e a apresentação das músicas de forma tão simples teria sido encorajada pela fiel base de fãs que acompanha o trabalho do músico desde o início do Los Hermanos, Camelo admite que o reconhecimento o estimula. "Ao mesmo tempo, também admiro muito as personalidades que conseguem seguir mesmo sem isso", afirma. "[O reconhecimento] é tão legal que é preciso ficar muito atento para manter sua música como uma forma de exercício interior, de reflexo de suas perguntas mais íntimas, de um espelho de transformação para você um instrumento para você mesmo navegar no seu inconsciente. E não ficar com uma coisa assistencialista, querendo aplauso, aprovação", alega o músico, que volta a Curitiba em 18 de maio, dessa vez com o Los Hermanos com quem se apresenta no Festival Lupaluna. A resposta ao novo formato de show, no entanto, foi positiva. "Eu mesmo fiquei feliz de ter essa outra frente de abordagem."
Serviço:
Marcelo Camelo Voz e Violão. Canal da Música (R. Júlio Perneta, 695 Mercês), (41) 3331-7513. Sábado, às 21 horas. Os ingressos custam R$ 65 e R$ 35 (meia-entrada) e podem ser comprados na bilheteria do teatro e pelo site diskingressos.com.br.
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Festa de Motta reúne governo e oposição, com forró, rapadura, Eduardo Cunha e Wesley Batista
Davi Alcolumbre rejeita anistia ao 8 de Janeiro: “Não vai pacificar o Brasil”
“Elites políticas europeias vão ‘abanar o rabo’ para Trump”, diz Putin
Deixe sua opinião