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Integrantes do júri da 62º edição do Festival de Cannes: a atriz Sharmila Tagore (à esq.); o escritor inglês Hanif Kureishi; a atriz Shu Qi; a atriz Robin Wright Penn; o diretor Nuri Bilge Ceylan; a atriz italiana Asia Argento; a presidente do júri Isabelle Huppert; o diretor James Gray e o diretor Lee Chang-dong | Reuters/Jean-Paul Pelissier
Integrantes do júri da 62º edição do Festival de Cannes: a atriz Sharmila Tagore (à esq.); o escritor inglês Hanif Kureishi; a atriz Shu Qi; a atriz Robin Wright Penn; o diretor Nuri Bilge Ceylan; a atriz italiana Asia Argento; a presidente do júri Isabelle Huppert; o diretor James Gray e o diretor Lee Chang-dong| Foto: Reuters/Jean-Paul Pelissier
  • Pete Docter, diretor do filme Up - Altas Aventuras, que abre o Festival de Cannes nesta quarta-feira (13)

Se para muita gente o Festival de Cannes ainda é sinônimo de "filmes cabeça", esta 62ª edição do evento, que tem início nesta quarta-feira (14) no balneário francês, vem demonstrar que o cinema pop tem um espaço cada vez mais garantido na programação.

No cardápio das dezenas de produções que serão exibidas no festival até o próximo dia 24 - boa parte delas em estreia mundial - estão vampiros, personagens de desenhos animados e heróis politicamente incorretos como os caça-nazistas de Bastardos Inglórios, novo filme de Quentin Tarantino. Todos candidatos à prestigiosíssima Palma de Ouro, um dos mais cobiçados prêmios do cinema mundial.

A abertura oficial do evento será realizada nesta quarta, às 14h (horário de Brasília), com a primeira exibição integral da animação Up - Altas Aventuras. O longa-metragem dos estúdios Pixar, que será projetado em versão 3D, conta a história de um senhor de 78 anos que, depois de ficar viúvo, decide realizar um antigo sonho: viajar para a América do Sul levando sua casa inteira consigo, amarrada em milhares de balões de gás coloridos. Dirigido por Pete Docter (de Monstros S/A), o filme irá apenas abrir o festival, e não concorre à Palma de Ouro.

Os fãs dos filmes de terror, quem diria, também terão bons motivos para ficarem atentos à mostra competitiva do festival. Um dos principais destaques é o asiático Bak-jwi (Thirst, em inglês), que fará sua estreia logo nesta quinta-feira. A saga de um padre que se transforma em vampiro depois de se submeter a um experimento malsucedido é contada pelo sul-coreano Chan-wook Park, mesmo diretor dos violentos Oldboy e Lady Vingança.

Muito sangue ainda deve jorrar Anticristo, primeira incursão do (este, sim) cabeçudo diretor dinamarquês Lars Von Trier no gênero dos filmes de horror. Estrelado por Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg (cantora, atriz e filha do célebre cantor francês), o novo longa do diretor de Dogville e idealizador do movimento Dogma 95 promete não economizar nas cenas assustadoras, com direito a demônios, ruídos bestiais e bruxaria. Após uma exibição-teste recente, Anticristo chegou a ser descrito como o casamento entre O Albergue e A professora de Piano, de Michael Haneke - perturbador por outros motivos.

Exibido fora da competição na outra quarta-feira (20), Drag Me to Hell, de Sam Raimi, completa o menu macabro à francesa. Também em première mundial, a produção marca a volta do diretor hoje mais conhecido pela trilogia de Homem-Aranha.

A lista de diretores consagrados que disputam em Cannes nesta edição, aliás, é extensa: vai do já citado Quentin Tarantino, vencedor do prêmio máximo do festival por Pulp Fiction, em 1994, passando por Ang Lee, que levará o espectador de volta a 1969 com Taking Woodstock, e o espanhol Pedro Almodóvar, que vem com Los Abrazos Rotos, mais uma colaboração promissora com sua musa Penélope Cruz. Sem brigar pelos prêmios, também participam os veteranos Francis Ford Coppola, Terry Gilliam - num filme que traz o último trabalho de Heath Ledger - e Martin Scorsese, padrinho de uma mostra só com clássicos do cinema.

Brasil na França

Mesmo com uma presença mais tímida do que em 2008, quando teve dois longas na disputa pela Palma de Ouro (Ensaio sobre a Cegueira e Linha de Passe), o Brasil não ficou de fora do evento. Entre os destaques estão os longa-metragens À Deriva, de Heitor Dhalia com Debora Bloch no elenco, e No Meu Lugar, de Eduardo Valente. Ambos concorrem nas mostras paralelas à competição principal.

A cerimônia de anúncio dos premiados da 62ª edição do festival será promovida no dia 24. Entre os integrantes do júri principal deste ano estão a francesa Isabelle Huppert, presidente do grupo, e as atrizes Asia Argento e Robin Wright Penn, esposa do ator Sean Penn, que em 2008 também presidiu o corpo de jurados do evento.

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